Mundo vasto e sem sentido no meio do turbilhão.
A merda é sempre parecida e você tenta fugir de si pra ter um tipo de paz. Fugir é mil coisas: sexo sem alma, loucura sem sentido, distração de televisão ligada sem volume, busca de felicidade, busca de sentido, porre pra curar dor, raiva pra manter algum tipo de vitalidade.
E mais outras coisas que outros falaram e falarão.
Então eu desço e busco a minha paz. Trata-se de um monte de idiotas cheios de trocadilhos e expectativas de se tornarem ricos. Um idiota, do tipo alegre, acha que a solução dele é uma máquina de polir carros. Tudo certo, eu também tenho meus planos. Tenho tantos planos que poderia até morrer agora. Eu e um monte de gente. Todos numa roda cheia de planos: vou ser autor de novelas, vou ser professor de pobre, vou ganhar na megasena. Planos e planos e planos. Malditos planos!!!
Solução pra tudo e, no fim de tudo, só sobra desespero e loucura.
Loucura de achar que você pode mudar a si mesmo, desespero de ter tudo e só acumular. Tem também também a ala da lua cheia, ala que acha que o cosmos é algo que se preocupa com cada individuo. Idiota 1 ou idiota 2. Gosto de pensar em mim mesmo como um idiota tipo 2. Questão de cisma mesmo.
E tem os eteceteras e a moça boa que lhe aquece as vezes, ou outra idiota que lhe acha especial, ou ainda uma família que lhe banca a miséria e a dor de artistazinho de merda.
Mas no bar a solução é bem claro e pronta: Dinheiro dentro do cu e uma buceta sem alma onde você se esfregue.
Simplificar a vida é sempre busca de felicidade.
20 de agosto de 2008
18 de agosto de 2008
Do meio do mundo de merda têm algumas vantagens que gosto de contar:
E acreditei em coisas que hoje eu desprezo e mordi minha língua mais de 100 vezes.
A vida é sempre uma bobagem possível.
Já frequentei lugares requintados e cheios de bom gosto e gente jovem, bonita e rica. Já me deslumbrei com esses lugares e achei que só eu havia visto todo o requinte do mundo. Contava vantagem para os meus amigos de Curitiba, dizia isso e aquilo e contava de bares que eles nunca imaginariam existir. Fumava maconha em carros ricos e grandes que tinham motoristas velozes e belos e ricos de novo. Fui a uma festa que tinha um buffet servido por anões e festas à fantasia que tinham mesas de frutas belíssimas e exóticas, com iguarias árabes e maconha de Marrocos. Fumei haxixe de Londres na casa de praia de outro amigo rico. Eu era um jovem esperto e promissor. Tinha frases decoradas de todos esses caras que impressionavam aquela gente tão rica e descolada que eu admirava.
Já comi uma negra dessas bem ruins e vulgares. Comi ela em lugares escrotos e imundos: tinha 17 anos e não entrava em motel. A gente fudeu em construções, na rua, no metrô da Praça da República. Até perdi ônibus pra trepar com essa negra feia e fedorenta. A buceta dela era alta e larga, os pêlos sempre mal cortados e encravados, o cu cheio de merda. Uma vez, na construção, cutuquei a merda dela com o meu dedo. Era uma bosta seca e dura. Eu tinha tesão nesse tipo de doença. Ela gemia sempre exagerada e adorava palavrões, berrava asneiras no meu ouvido que pareciam ter sentido. Um dia enfiei no cu dela sem que ela esperasse, ela berrou de dor e me deu um tapa na cara, ficou puta e me deixou na mão. Ela caiu fora do motel(meu cunhado havia feito uma identidade falsa pra mim) e me deixou lá, com o meu pau lambuzado de bosta. No motel tinha filmes de sacanagem, era um motel de 10 pratas na St. Cecília e a gente mudava de canal num botãozinho de girar que ficava grudado na cabeceira da cama. Toquei punheta vendo os piores filmes que já vi, deixei o volume baixo e gozei ouvindo os gemidos falsos e doentis que vinham dos outros quartos. Minha porra se juntou às outras porras secas que tinha no carpete cinza e sujo do motel.
Já participei de uma semi-suruba, já tentei beijar homem, já vi a merda na borda do cu da mulher amada. Também fiz amor com uma candura que nunca imaginei ser possível e senti que meu pau podia, enfim, ser um tipo de extensão da alma. Já passei uma tarde inteira decorando o que falar pruma mulher e já tomei um pé na bunda. Já cheirei cocaína num bar imundo e cheio de desconhecidos, já bolinei mulher em ônibus e já recebi uma boquete de um travesti. Já me masturbei no banheiro do ônibus da Itapemirim e já mostrei meu pau inchado pra crianças 4 anos mais novas que eu.
-E acreditei em coisas que hoje eu desprezo e mordi minha língua mais de 100 vezes.
A vida é sempre uma bobagem possível.
16 de agosto de 2008
estamos aí.
Depois de todo delírio há um tipo de paz. A bunda na janela não se vende e fica lá em cima dos saltos. As belas pernas me surpreendem e saem à passos largos e corajosos. É uma possibilidade de redenção. E o sentido da coisa é outro quando se faz o que faz sem ser pelos flashs e glórias. Existe uma dança possível nessa loucura e nesse desespero. Meia dúzia de gatos pingados se tornam o sentido da vida. Essa gente aparece ali, sei lá pra que. Sei lá qual é a motivação real de quem resolver aparecer. Até pergunto e descubro: o solitário ruivo viu o cartaz durante um chop. Durante a minha função saio pra reparar nos gatos pingados: estão todos alí, simplesmente alí, vêem aquilo com uma atenção que me agrada.
É, tem razão, essa migalha alimenta mais que alguns banquetes.

14 de agosto de 2008
Nanma
Então você tem uma mulher fantástica e disposta a lhe entender. É algo terrível e doce. Você é chato, você reclama da vida, você sofre e sofre. Ela nem sempre concorda e nem sempre entende, mas fica ali, quase santa e quase louca, tentando ver sentido nos seus delírios. Você fica criando problemas e inventando desculpas. Você bebe demais e ela quase entende isso também. Depois do trabalho ela lhe olha com seus olhos belos e cinzas e você sente medo e frio. Parece mesmo a morte, você pensa.
12 de agosto de 2008
Vitalidades.
Depois de ver 3 vezes
a merda da mulher amada
boiando na privada,
eu faço rima sem força
e digo:
só a merda
dela
é sagrada.
.
Um trôço
diferente do outro
e, no entanto,
todos 3,
me causam espanto.
.
E me pergunto,
ainda encabulado,
como posso sintir prazer
em lamber aquele rabo?
.
Têm perguntas que não têm resposta
e 1 delas é essa:
Como posso amar uma mulher
de quem já vi a bosta?
.
Pras coisas sem solução
repito o que sempre dizem:
quem vê cara
não vê
coração,
e o resto todo é tolice.
.
DOMINGOS OLIVEIRA.
Ele é um desses caras que me desafiam. Já falei mal dele na época em que comecei a fazer teatro. Nessa época eu falava mal de tudo, até do velho Stanislavski. Quando se começa a fazer teatro a gente é realmente muito bobo e acha que pode descobrir a pólvora.
Mas o ponto é o Domingos Oliveira que me chocou profundamente depois que vi Todas Mulheres do Mundo, um dos filmes que mais assisti em minha vida de idiota profissional. E na média nem sou um tipo que revê filmes...
Seja como for, ele é dono de um pensamento fodão que me choca. Porque geralmente me identifico com uma gente negativa e sem esperança e ele é o oposto disso. É articulado pra caralho e acha a vida um troço fantástico. É ótimo que ele tenha um blogue. É genial ser antagonizado por um cara desse, que faz suas coisas e segue fazendo e que continua e continua. É como se ele abrisse outras possibilidades prum chato como eu.
O blogue dele só melhora a cada dia.
E isso é bem previsível.
-
Preciso apenas ler e me acalmar. Sentir a vida lenta agindo sobre mim. As vezes isso é tão difícil, tão difícil. Me pego pensando que não sou um tipo que nasceu para ter paz, e isso é um horror de se pensar porque eu queria uma vida plena e razoavelmente satisfeita. Mas sempre tem os chifres nos cavalos, os pêlos nos ovos, a repetição de si mesmo e de outras merdas velhas.
8 de agosto de 2008
Fernandinho Zen.
Mensagem do dia:
"Por tabela,
quem sabe das coisas
negocia sem barganhar.
Doutrina sem falar.
E tudo vai em frente,
acontece como vai acontecer,
de qualquer jeito,
a menos que você se esforce pra piorar"
(Tao - Lao Tse)
Mas o que importa é:

7 de agosto de 2008
6 de agosto de 2008
saco na lua.
Os idiotas profissionais sorriem sempre da mesma maneira e contam sempre o mesmo papo: "porra, aquela mulher é gostosa pra caralho". E depois repetem pra outros idiotas que treparam com uma garota de 17 anos que até o cu dá. E riem pra caralho os idiotas profissionais. Sempre com aquela voz sufocada pelo riso, uma mistura horrorosa de brucutu e adolescência tardia.
p.s. os idiotas profissionais são sempre muito habilidosos ao telefone e sempre marcarão presença nas datas festivas.
3 de agosto de 2008
31 de julho de 2008
{[<(0)>]}
Deito pra ler. Leio e as imagens me fodem. Eu sabia que isso iria ocorrer. A sequência. A sensação de coisa conhecida. O maldito medo da morte. Em um átimo eu sinto a porra toda. É físico e nada abstrato. O corpo esquenta a partir do peito. Uma onda de calor que apavora. Arrepio de olhos fechados. A dissolução completa, a consciência se esvaindo até o zero. O zero, o zero. O fim puro e simples, sem piedade ou justiça. Todos ali no esquecimento de si mesmo. A merda sem fim. Uma imagem maior que os olhos e a incapacidade de apreender o que quer que seja. Não haverá nada. Será apenas dormir sem sonhos. Nada de confusão ou alegrias ou dores. Nada de nada. Penso nos meus, penso nela. Pavor mais forte. Sinto que posso me perder com esse medo. É claro que posso me perder com esse medo. Lembro que demorei muito pra dormir longe deles. Lembro que dormia no corredor. Meu medo repetido e gasto, a impaciência que ele gera. Sofro e digo "vou morrer". Primeiro um consolo, depois não, depois a repetição enfraquece e não comove ninguém. Ninguém é obrigado a ter saco pra isso. A voz sem paciência que diz "é, vai sim, todo mundo vai, chega de pensar nisso". Dormir no corredor. Vontade de ligar pra ela. Pra repetir pra ela. Não ligo. Minha cabeça vai mais, a dor aumenta, sinto que posso perder a mão e berro alto e ridículo PARA!. Como se eu falasse pra mim mesmo. Desiste do livro. Fecha o olho. Força que a calma vem. A calma sempre vem. Escreve um pouco. Vê umas merdas. Peida alto. Não pensa, não pensa.
29 de julho de 2008
A.F.D.C - necessidades de uma punheta honesta.
(ESSE TEXTO É SOBRE UM PROCESSO DE CRIAÇÃO. MINHA PUNHETA FOI FAZER 3 COISAS AO MESMO TEMPO. CONSIDERO- ME BEM SUCEDIDO NESSA EMPREITADA MOMENTÂNEA. VAMOS QUE VAMOS E BLOGUE É PRA ISSO MESMO: PRA LAMBER O PRÓRPIO CU. MAIS NÃO DIGO.)
Não por nada, mas é que preciso desse tipo de coisa. Coisas pra serem resolvidas dentro da minha cabeça. Eu não me concentro pra pensar nelas, mas as deixo pairando. É uma estratégia. São pequenos demônios que flertam comigo. É como se eu criasse uma redoma onde, quase inesperado, o milagre pode surgir ou o dragão acordar, ou mesmo o anel espatifar em estilhaços finos e cortantes. Uma punheta que nem explico, mas que faz um sentido danado.
Então fico aqui como se eu pudesse descobrir algo. Leio meu livro, bebo minha cerveja e tento não ser eu mesmo. Eu mesmo não interessa agora, não AGORA. A cerveja gelada na goela, mais um cigarro na mão e bastante calma pra forjar que não estou esperando nada.
O arquivo está aberto e me seduz. Deixo ele lá, quero que ele se torne insuportável. Será melhor assim.
Tudo lento, bem lento. É melhor assim. Sinto a coisa se aproximando, o livro no fim, as possibilidades sendo trancadas. A liberdade só é possível em escolhas, as escolhas são quase sempre aleatórias, mas uma vez feita a escolha há que de se radicalizar. Sim sim sim, isso parece ter sentido. Não pense muito nisso, não agora, não AGORA. Sim sim sim. A insistência cria os sentidos. Devagar, gordo burro, devagar.
1° flerte com o arquivo e sai tudo em turbilhão. É merda conhecida e revirada. Imponho o prazer da coisa. A 1° impressão é a que fica. Minha cabeça é um martelo que repete: nesse momento todos devem gostar de tudo. Ui. Sexo com o tempo perfeito é a metáfora que parece ter sentido.
A coisa vai indo. Já escrevi 5 notas e rezo pra que a cerveja se multiplique. Sou grosso no telefone, mas apenas pelo motivo do 1° paragrafo. Ai que a coisa vai. Sigo que sigo. Tenho apenas que conseguir mais cervejas. Meu cérebro é um raio e posso chegar à algum lugar. Graças a Deus.
Bem calmo, bem calmo. Tenho que reestabelecer os contatos. Lentidão imposta e devo seguir. Embora a coisa exista o flerte ainda deve ser longo e irresistível. Loucura lenta criando sentido. Baixar a bola no próximo cigarro, sobreviver é um tipo de arte.
Sigo que sigo. Estoque refeito e vamos que vamos. Agora há música na casa verde.
Telefonema feito. E-mail enviado. Agora outro dia como esse pra um sossego completo. Reviro calmo em mim mesmo. Chapa no fogo e sanduiches a caminho. Minha garota me entende e o mundo é perfeito.
Sem declarações de amor que nem é esse o caso.
Não por nada, mas é que preciso desse tipo de coisa. Coisas pra serem resolvidas dentro da minha cabeça. Eu não me concentro pra pensar nelas, mas as deixo pairando. É uma estratégia. São pequenos demônios que flertam comigo. É como se eu criasse uma redoma onde, quase inesperado, o milagre pode surgir ou o dragão acordar, ou mesmo o anel espatifar em estilhaços finos e cortantes. Uma punheta que nem explico, mas que faz um sentido danado.
Então fico aqui como se eu pudesse descobrir algo. Leio meu livro, bebo minha cerveja e tento não ser eu mesmo. Eu mesmo não interessa agora, não AGORA. A cerveja gelada na goela, mais um cigarro na mão e bastante calma pra forjar que não estou esperando nada.
O arquivo está aberto e me seduz. Deixo ele lá, quero que ele se torne insuportável. Será melhor assim.
Tudo lento, bem lento. É melhor assim. Sinto a coisa se aproximando, o livro no fim, as possibilidades sendo trancadas. A liberdade só é possível em escolhas, as escolhas são quase sempre aleatórias, mas uma vez feita a escolha há que de se radicalizar. Sim sim sim, isso parece ter sentido. Não pense muito nisso, não agora, não AGORA. Sim sim sim. A insistência cria os sentidos. Devagar, gordo burro, devagar.
1° flerte com o arquivo e sai tudo em turbilhão. É merda conhecida e revirada. Imponho o prazer da coisa. A 1° impressão é a que fica. Minha cabeça é um martelo que repete: nesse momento todos devem gostar de tudo. Ui. Sexo com o tempo perfeito é a metáfora que parece ter sentido.
A coisa vai indo. Já escrevi 5 notas e rezo pra que a cerveja se multiplique. Sou grosso no telefone, mas apenas pelo motivo do 1° paragrafo. Ai que a coisa vai. Sigo que sigo. Tenho apenas que conseguir mais cervejas. Meu cérebro é um raio e posso chegar à algum lugar. Graças a Deus.
Bem calmo, bem calmo. Tenho que reestabelecer os contatos. Lentidão imposta e devo seguir. Embora a coisa exista o flerte ainda deve ser longo e irresistível. Loucura lenta criando sentido. Baixar a bola no próximo cigarro, sobreviver é um tipo de arte.
Sigo que sigo. Estoque refeito e vamos que vamos. Agora há música na casa verde.
Telefonema feito. E-mail enviado. Agora outro dia como esse pra um sossego completo. Reviro calmo em mim mesmo. Chapa no fogo e sanduiches a caminho. Minha garota me entende e o mundo é perfeito.
Sem declarações de amor que nem é esse o caso.
28 de julho de 2008
Photograph courtesy of the History Museum of Springfield-Greene County

Minha garota me avisa que vai pra sua Ioga.
- Eu também vou.
Descemos juntos.
Estamos nessa fase louca de grude sem fim. Difícil explicar isso. Logo eu, o idiota mais durão do oeste. Tudo certo, minha garota é gostosa e trepa como louca. Explico tudo. Sou um belo explicador.
Na calçada ela pega o ônibus e eu atravesso a rua. Maravilha. Diferenças pra um amor perfeito.
No bar os mesmos vermes de sempre. 1° cerveja e livro aberto. 2 venenos juntos, a cerveja e o Bukowski. Consumo os dois com bastante lentidão. A cerveja virando genialidade, o livrinho explicando os benefícios do álcool. Uh, vida boa.
Me concentro pra esquecer AFDC. Sou mais ou menos bem sucedido. As letrinhas do livro dando vontade de escrever. Aquela coisa que o velho diz de haver alguma chance.
Com o bar vazio peido à larga. É fácil inclinar o corpo quando se está com um livro na mão. Mundo bom, mundo bom. Peidos sonoros em lugar público é um tipo de glória.
Minha garota agora deve estar fazendo uma bela posição. Aula de ioga, sabe como é.
E lembro dela toda de preto com o corpinho de filet que ela tem. Toda miudinha ali, com a devida distância. Os mamilos que derretem na boca, a bundinha do século, a bela cara de criança assustada que ela faz quando berro. Jesus, tenho mais tesão por ela do que deveria. Essa vaca ainda me mata com sua buceta.
Em casa preparo toda a cena. Música de velho, copo cheio e uma bela cagada de porta aberta. Antes de dar a descarga reparo que minha merda tá preta demais. Até esboço uma preocupação, mas na 2° cerveja sou quase imortal.
Escreve, escreve e confere os números. Agora é ler mais um capítulo e esperar minha garota chegar. Combinamos dela me mandar uma mensagem pra que eu tome um banho. Melhor pra nós dois. Ela me disse que depois da ioga estará aberta e a filha da puta é gostosa pra caralho.
Sexo e pizza ou pizza e sexo. Tanto faz. Essa filha da puta ainda engole a minha alma.
Tiro as coisas da cama e confiro o horário. Uma aula de ioga deve durar pelo menos 3 cervejas. Certo, perfeito.
Tento me organizar: abrir a 3°, banho, abrir a janela pra tirar futum de cigarro, conferir descarga, panfleto de pizza em lugar acessível. Alguma música boa que ninguém é de ferro.
-
Tristemente reparo que a porra do papel higiênico acabou. Talvez peça pra ela trazer, mas há um q de ridículo nisso. Quero comer ela, afinal. E a preliminar não pode ser "traz papel, meu amor". Merda, o mundo é cheio de gracinhas. Raiva, raiva, raiva.
Ontem lembrei que esqueci até o seu rosto.
Não tenho saco. Vou coçar meu rabo com a ponta de unha que me resta. Eu poderia até fazer uma declaração de amor, mas minhas lembranças são fracas e limitadas.
24 de julho de 2008
Mordendo as unhas.
Eu gosto daquela peituca. Não adianta. Todo vez que eu olho pra ela, eu lembro disso. Peituca boa de morder e meter a mão. Já fiz o diabo ali. É um tipo de orgulho que eu carrego nessa vida triste. Quando estou pensando em suicídio eu lembro que já tive aquela peituca e me acalmo.
Eu sempre tirava pra gozar nas peitucas. Fazia voltinhas no mamilo com meu dedo lambuzado de porra. O sexo em si não era nada demais, mas fazer aqueles desenhos na peituca valiam até os gemidos grossos e exagerados que ela dava. Gemidos que me irritavam e me tiravam do prumo. Que entravam de tal forma na minha cabeça que, mesmo depois de dias, acordava ensopado de suor num pesadelo alucinante onde o final era sempre um despertador que reproduzia os tais gemidos.
Difícil descrever um gemido. É algo que não sei como fazer.
E vejo aquelas peitucas que hoje me ignoram. Ela até me sorri e me diz bom dia no elevador, mas nada mais faz sentido. Eu não toparia mais aquelas peitucas de qualquer maneira. Só de lembrar os gemidos me sinto mal. As coisas acabam e morrem. Eu também acho uma pena.
23 de julho de 2008
Puta Que La Merda.
obs. o site meter é uma ferramenta simples. ele mostra quem visita seu blogue, de onde vem, pra onde vai, quanto tempo fica, etc. e é grátis.
Domain Name veloxzone.com.br ? (Brazil)
IP Address 201.29.198.# (Telemar Norte Leste S.A.)
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22 de julho de 2008
´
Meu pai me telefona. Ele está graciosamente bêbado. É uma prática que nós temos. Eu também havia comprado cervejas. No meio da tarde tinha sacado que ele me ligaria. Circunstância conhecida. Pai e filho sempre têm um tipo de conexão, não é?
Minha namorada diz que sou muito parecido com ele. Não somos bom de telefone à não ser com nossas mães. Ele com a dele e eu com a minha. Minha namorada diz que nós dois ficamos observando tudo e que só depois é que falamos. Ela acha ele mais sorridente que eu, mas isso não vem ao caso. O curioso é que quando ela fala isso parece que ela tem a ilusão de que eu melhore.
Meu pai me conta suas notícias de bêbado e, infelizmente, estou no mínimo 3 cervejas atrás. Me conta um tipo de dor que só bêbado mesmo pra contar. Penso nisso e em tudo aquilo que nunca saberei. A solidão mora por aí, nesse lugar que a gente nunca sabe ou que, se sabe, sabe apenas porque foi revelado.
O papo é bom, mas ele se incomoda. Estou na 1° e ele na 4°. Lamento que eu não tenha começado a beber antes. As histórias são boas e meu pai vai fazer, até que se prove o contrário, um troço que deseja.
Fazer as coisas que se deseja é mesmo importante. É isso que forma uma pessoa. Somos frutos do que deu certo e não do que deu errado. Acho que ele concordaria comigo.
Ouço uma música depois do telefone. Bato um papo bom com a minha adorável garota. Lembro do meu pai fazendo ode à solidão.
É, a vida sempre tem seus momentos.
20 de julho de 2008
Sabe como é?
Essa gente se reúne aos sábados pra beber vinho e jogar cartas.
Eles se sentam em volta da mesa e tiram fotos.
Milhares de fotos onde todos sorriem.
Gente que tem abajures e sutilezas.
Gente que se interessa por arte e cultura.
Na foto que vejo todos aparentam estar muito à vontade e satisfeitos.
Eu sinto meu velho ódio e penso que devo escrever sobre isso.
1-
A luz indireta é onde começa toda a desgraça. Todos ficam bonitos porque não se pode ver direito. A mesa é grande o suficiente pra que não haja cabeceira. Mesa redonda da época do velho Arthur. Justiça derramada em coisas que se lê. Eu também li esses livros e tenho orgulho de os ter lido quando era jovem e afetado. As Brumas de Avalom, Sidharta, A Erva do Diabo. Coisas que parecem ser algo quando se tem 22 anos.2-
Reparo melhor na foto e meu ego tem um tilte de tanta satisfação: a única lésbica presente na mesa-foto faz questão de não sorrir. Sorrir pra que, não é? Sorrir é coisa de fêmeazinha ou de otário. A lésbica carrancuda é que tá com a razão. Quem sorri em fotos é perdedor, quem sorri é apenas porque não sabe como é bom um belo dedo em sua buceta...
3-
Tudo certo. Tudo realmente muito perfeito.
Quem sou eu pra discordar de uma mulher que não têm pau apenas por acaso da maldita natureza? Quem sou eu pra dizer que um dedo na buceta é melhor que um pau? Quem sou eu que despreza as lésbicas apenas por acreditar que todas elas são mulheres maus comidas?
Eu sou o que tem dedos e o que tem pau. E que usa língua também com a graça do bom Deus. E viva minha vaidade sem fim.
4-
E ufa-lá-lá e vamos que vamos que não é agora que vou revelar toda minha revolta contra o mundo gay. Um mundo que leva à sério a aparência e que se acha muito ousado e moderninho. Um mundo que é tão preconceituoso quanto os pretos americanos. Um mundo que gosta de lounge e talheres e pratos bonitos e sem gosto. Um mundo que exige sua fatia de mercado.
4a-
E que fique claro que fatia de mercado é o termo mais escroto que existe. E também que esteja claro que toda regra tem exceção e que é a exceção que faz a regra ser uma regra. Há gente que é gay sem pertencer à esse mundo. Há esperança mesmo quando tudo é colorido e alegre demais.
5-
Volto à foto porque o preconceito é bom e rende na escrita: os quadros são de muito bom gosto, mas não têm alma. Sou antigo e acredito em alma. Eles posam pra foto com uma facilidade que me choca. Sou fresquinho o suficiente pra me chocar com coisas que eu mesmo faria, mas como não estou na tal foto fico aqui e falo mal de quem está lá.
(Conveniência de quem sonha nunca depender de nada ou de ninguém. Conveniência de quem crê que dá pra ser anjo nesse mundo mau. Eu não estou lá e tenho frieza e inteligência pra analisar essa gente da pior maneira possível. Gente que joga cartas aos sábados sem se quer apostar dinheiro. Gente que não entende que o barato do jogo é a vitória. Uma pena).
6-
Volto a mim mesmo e esqueço tudo. Meu barato é ter o meu blogue e lamber meu próprio cu. Ela tá distante e hoje dormirei sozinho, ela tá lá e eu poderia estar com ela. Poderia ser mais sensível, poderia ser mais esperto, mas não sou. Uma pena também. Mas a gente se adora e tá tudo certo, só reclamo por prazer ou por falta do que falar. É o caso agora.
O mundo é perfeito e nem me importo com nada. As 10:00 da manhã estarei preparado pra tudo.
19 de julho de 2008
18 de julho de 2008
Se eu soubesse o que dizer, eu diria.
E nem há nada a dizer além do nhém-nhém de sempre. E também há a dureza de admitir que você tem mais razão que eu. E fico quietinho. E me viro e reviro e faço força pra achar os problemas que nem existem. E, as vezes, e que fique claro que nem sempre, mas, as vezes, surge essa coisa que parece outra e que mesmo assim me agrada. Porque há sangue em mim. Porque há sangue em você. Porque a insistência ainda me parece um milagre. Porque eu não resisto à acreditar em milagres.
E nem ligo cré com cré. Nunca fui assim e agora sou. O 1° nem sempre é o mais importante. O milagre sempre surgiu em noites estreladas.
E é tudo bonito e fico sem graça. Só fujo do que me amedronta.
Os milagres são sempre milagres e dependem mais de nós do que nós gostaríamos.
17 de julho de 2008
Ele reclama. Ele sempre reclama.
- Ai, puta merda, os lambe cus estão soltos! Se reúnem diariamente e transitam por bares de música lounge. Dizem maravilhas um do outro e pregam o velho e eficiente a união faz a força. Claro que entre eles há os preferidos. Um que acha que o 2° é viado inrrustido, outro que acha a 5° recalcada demais, e também os que se odeiam de maneira silenciosa e limpa - esses são os mais admiráveis.
- Ai, puta merda, os lambe cus estão soltos! Se reúnem diariamente e transitam por bares de música lounge. Dizem maravilhas um do outro e pregam o velho e eficiente a união faz a força. Claro que entre eles há os preferidos. Um que acha que o 2° é viado inrrustido, outro que acha a 5° recalcada demais, e também os que se odeiam de maneira silenciosa e limpa - esses são os mais admiráveis.
16 de julho de 2008
Não sonho mais.
3 tapas na cara. Desses bem ardidos e humilhantes. Raiva brotando e diante de mim 3 santos insuportáveis. 1 tapa de cada um. 1 fila de tapas. Eu apenas os recebia com raiva e resignação. Eu não podia revidar porque os 3 eram santos. 3 santos feios, mas santos. Me ajoelhei e fiz um belo risco no chão que se rompeu quase que imediatamente. Os 3 santos feios ao invés de caírem ficaram alí, flutuando, como se nada tivesse ocorrido. Me levantei e olhei pra eles com bastante calma. 1 não tinha boca, outro não tinha olhos e o 3° não tinha pés. Fiquei intrigado com aquilo e berrei:
- Puta que Pariu! Era o que me faltava! 3 Santos idiotas e deformados...!!!
Quando acordei olhei pra mulher que dormia comigo. Conferi e estava tudo lá: os olhos, a boca e os pés. Voltei a dormir aliviado.
14 de julho de 2008
Zumbi Sensual.
A cabeça daquela mulher parece estar descolada do pescoço. 3 centímetros que sobram num pescoço que é bem torto quando se repara bem. Os malditos olhos pretos bóiam numa paz conquistada com muito álcool e cinismo.
Ela chega e cumprimenta todo mundo. Tem um andar lento de elefante, embora seja magra. Senta na mesa e puxa papo com todos. Tem a voz triste e melancólica, mas sorri sem parar. Se ela tivesse apenas a voz triste e melancólica eu me apaixonaria por ela. Não é o caso, graças a Deus.
Ela fala sobre você com terceiros, mas você duvida de si mesmo e se esforça pra não se levar a sério. A melhor amiga dela lhe olha com raiva e pena e você acende outro cigarro. Não preciso gostar de todo mundo é o que você pensa. Você se sente calmo e tranqüilo, sua indiferença ainda é eficaz.
11 de julho de 2008
10 de julho de 2008
O " se - mágico " do velho Stanis.
Se eu morresse hoje
seria muito belo e trágico.
Morrer aos 26 é sempre uma tragédia bonita.
-
E todos lamentariam sobre todas as coisas que eu poderia ter feito,
e meus colegas falariam do meu talento
e as mulheres que comi falariam do meu pau tremendo e enorme.
Meus 2 amores diriam que sou inigualável e que jamais conseguirão amar alguém como me amaram.
E eu seria um espírito muito faceiro vendo essas pessoas dizerem essas maravilhas de mim.
e sorriria indiferente já que estaria morto.
A dor seria ver meus pais sofrendo,
minha irmã me enterrando
e minha avó de 80 anos deixando o neto no chinelo.
Ser mais uma morte para o meu benzinho também seria de uma dor sem fim que aqui nem conto.
E minhas sobrinhas guardariam minha imagem como se eu fosse um fantasma risonho e idiota
e todos meus primos lembrariam das minhas gracinhas com uma melancolia que nem eles prórpios conheciam.
E haveria a dor senil da minha Tia Rosa
e a desconfiança sem certeza de que alguém não voltou pra casa do meu cachorro amarelo.
-
Se eu morresse aos 26 anos
eu seria aquele que poderia ter sido
tudo aquilo que nunca saberíamos
se acaso eu realmente morresse.
-
O suor escoando no ralo
em um piripaque fatal durante o banho,
as lágrimas sinceras até de quem me odiava.
seria muito belo e trágico.
Morrer aos 26 é sempre uma tragédia bonita.
-
E todos lamentariam sobre todas as coisas que eu poderia ter feito,
e meus colegas falariam do meu talento
e as mulheres que comi falariam do meu pau tremendo e enorme.
Meus 2 amores diriam que sou inigualável e que jamais conseguirão amar alguém como me amaram.
E eu seria um espírito muito faceiro vendo essas pessoas dizerem essas maravilhas de mim.
e sorriria indiferente já que estaria morto.
A dor seria ver meus pais sofrendo,
minha irmã me enterrando
e minha avó de 80 anos deixando o neto no chinelo.
Ser mais uma morte para o meu benzinho também seria de uma dor sem fim que aqui nem conto.
E minhas sobrinhas guardariam minha imagem como se eu fosse um fantasma risonho e idiota
e todos meus primos lembrariam das minhas gracinhas com uma melancolia que nem eles prórpios conheciam.
E haveria a dor senil da minha Tia Rosa
e a desconfiança sem certeza de que alguém não voltou pra casa do meu cachorro amarelo.
-
Se eu morresse aos 26 anos
eu seria aquele que poderia ter sido
tudo aquilo que nunca saberíamos
se acaso eu realmente morresse.
-
O suor escoando no ralo
em um piripaque fatal durante o banho,
as lágrimas sinceras até de quem me odiava.
9 de julho de 2008
7 de julho de 2008
Relatinho:
Sento no balcão e sorvo meu veneno. O prazer louco de uma solidão inventada. Tudo bem lento e agradável. Olho pros lados e vejo essa gente sem cara e sem alma que me agrada. Me sinto muito bem acompanhado.
Termino mais uma nova histórinha do meu escritor bêbado e lembro como é bom o ler assim: as palavras mal iluminadas pela luz fria, uma olhada ao redor a cada parágrafo, essa gente feia e suja que me agrada. Me pergunto porquê, mas sem realmente pensar numa resposta.
A história é boa e o veneno faz o meu sangue circular mais lento e constante. Lentidão e constância, uma trepada perfeita.
Penso em tudo que me aborrece e porquê, afinal, sinto tanta raiva. Minha vida é boa na média. Dinheiro que não é meu, mas que me facilita, algum reconhecimento aqui ou ali e uma buceta que você ama fuder como puta.
O veneno sempre facilita as coisas. É um preço que se paga. Os milagres mais bonitos sempre foram os mais inacreditáveis. Explicações que parecem brilhantes no meio da merda no fundo do rabo.
-
Quando atravesso a rua tem uma criança que está de mãos dadas com a mãe. A mãe a arrasta dois passos à frente, mas, mesmo assim, a criança parece muito feliz e satisfeita e fala o que só uma criança de três anos pode falar. A mãe não dá bola, pois está acostumada com isso.
E eu insisto em achar o mundo bonito e triste. Como deve ser.
6 de julho de 2008
vontade de casar.
muito cigarro e um ódio tremendo por conta da fome.
sua mulher não para de falar e você deseja que ela escoe pelo ralo junto com o esmalte vermelho.
a mulher amada é sempre a mais terrível.
um sorriso exagerado que você gosta e implica,
uma confusão que não é sua, mas da qual você acaba participando.
histórias que você ouve com sofreguidão.
-
e cheio de sacolas na rua vazia de horário de almoço de domingo
você descobre que, mesmo assim, você a ama.
ela de alguma maneira percebe sua irritação e lhe deixa em paz.
arruma a comida, não pede ajuda, diz fique à vontade...
-
você se repete e senta pra escrever,
o cigarro na mão e as pernas cruzadas.
da cozinha uma voz calma lhe anima:
bayb, quando você quiser vamos comer.
sua mulher não para de falar e você deseja que ela escoe pelo ralo junto com o esmalte vermelho.
a mulher amada é sempre a mais terrível.
um sorriso exagerado que você gosta e implica,
uma confusão que não é sua, mas da qual você acaba participando.
histórias que você ouve com sofreguidão.
-
e cheio de sacolas na rua vazia de horário de almoço de domingo
você descobre que, mesmo assim, você a ama.
ela de alguma maneira percebe sua irritação e lhe deixa em paz.
arruma a comida, não pede ajuda, diz fique à vontade...
-
você se repete e senta pra escrever,
o cigarro na mão e as pernas cruzadas.
da cozinha uma voz calma lhe anima:
bayb, quando você quiser vamos comer.
5 de julho de 2008
1 de julho de 2008
*
Sua doçura é excesso de açúcar. Seu desinteresse é apenas esforço. Sua masculinidade é apenas ódio do mundo.
Arranco os papéis colados do caderno e ligo meu eficiente foda-se. No meio da merda espalhada só sobrevive minha vitalidade egoísta e doente. O prazer de inventar o que não existe ainda é dos melhores. Então vou que vou e berro minhas verdades pra idiotas inexistentes:
29 de junho de 2008
Domingo.
Acordamos devagar e trocamos alguns carinhos, nada demais: aperto no braço, encochada de pau mole, essas coisas.
10 ou 15 min. de preguiça na cama.
Ela levanta num raio e antes de mim. Alguma surpresa, mas nada demais.
Ela liga o computador. Rápida e veloz. Eu resmungo da cama:
- Viciada...
10 ou 15 min. de preguiça na cama.
Faço café e lavo a louça. A porta fechada porque a cbn tá no ar e o radinho não tem lá um volume muito confiável. Tudo bem lento e matinal. O radinho anuncia: 11:32; 11:45, etc. Café pronto e só faltam as panelas pra lavar.
Abro a porta e as cortina e ela na frente da máquina. Está louca e angustiada. Sofre pelo que nem entendo. Ela reclama, ela chora, ela lembra das violências sofridas. Ela é a própria tragédia as 12:32 de uma manhã de domingo. Agradeço ao Bom e Triste Deus por eu ter acordado calmo e suave.
Ouço tudo e a consolo na medida do possível. Ela chora e reclama mais. Ela senta no meu colo e eu conto minhas histórias. Mil bla-blá-blás e também o velho e eficiente:
- Calma...não pensa nisso agora...agora você não tem condições de pensar...
Mil coisas ditas e esquecidas. No meio de tudo a única possibilidade que parece mesmo proceder. Vamos pra praia e o combinado me agrada: bebo uma cervejinha enquanto ela mergulha no mar que tanto adora. Na 1° cervijinha um papo tranqüilo e calmo. Ela bebe água de côco.
- O mar tá meio bravo...
- Fica depois da rebentação...
- Hum...não sei...
- Quando eu era criança sempre ficava depois da rebentação...meus pais ficavam na pousada e eu no mar, mais ou menos a essa distância...
- Eu também ficava. Acho que era porque sabia que minha mãe tava me olhando. Você também só devia ficar por isso...
- É, pode ser...(tempo) Vai lá, eu fico te olhando...
Dois órfãos num domingo. Eu longe dos meus e ela longe dos dela. Fico pensando nessas coisas enquanto a observo andando na areia. A bela bundinha dela rebolando ainda mais. Penso que pode ser a força que a perna faz pra andar na areia ou então o fato dela saber que olho a bundinha dela. Tanto faz.
Acompanho ela até onde posso. Há uma grande área a esquerda onde eu a veria com toda tranqüilidade, mas ela vai pra direita entre as barracas e a muvuca de gente e guarda-sóis e cadeiras. Penso que tipo de rebeldia será essa. Quando ela tem alguém pra a olhar depois da rebentação, ela resolve se esconder.
Outra cervejinha e uma calma boa. No meio das cadeiras eu vejo o cabelo dela. Só o cabelo. Olho a cada parágrafo ou gole. Livrinho bom, cervejinha nem se fala, uma mulher bonita e triste resolvendo sua vida com algo tão besta quanto o oceano.
Vejo uma criança e penso em ter filhos. Lembro da minha mãe querendo saber se nós nos cuidamos.
Ela volta e faço questão de mostrar que a observava esse tempo todo. Reparo nos vagabundos que olham pra sua bundinha, mas nem ligo. A vida é boa porque ela foi no mar e voltou sorrindo.
Ficamos ali e comemos um peixe que nem custou tão caro. 20 reais prum domingo agradável. 20 reais que não são meus, mas que tornam a vida suportável.
Alguns papos e algumas reclamações. Somos 2 tipos que reclamam. Ela imagina nossos filhos reclamando ainda mais e a gente sorri. Falo que talvez eles nem reclamem já que os pais são reclamões e a gente sorri de novo.
A tarde passa lenta e voltamos pra casa.
Uma torta no shopping e outras miudezas que nem vêm ao caso.
Não houve nenhuma perfeição ou milagre, mas foi um dia simples e agradável.
No caminho de volta ela procura minha mão pra que andemos de mão dadas.
O mundo ainda pode ser bom, eu penso.
28 de junho de 2008
etc
Eu mesmo sozinho como sempre. Minha intuição de ET me retraindo. As pessoas que adoro e que me contam histórias velhas e chatas. E essa enorme clareza de que o problema sou eu e que as pessoas, na média, são bem mais disponíveis do que eu.
Eu-durão, eu-babaca, eu sendo do contra por uma vaidade doentia e triste.
Mania de quem sonhou que era anjo e levou isso à sério.
O tédio profundo, o papo com o taxista, a lembrança de que uma moça simpática tentou conversar comigo e desistiu. Eu mesmo com toda a falta que sempre sinto.
Como seu eu mesmo fosse mais do que sou. Como se houvesse um milagre melhor do que as coisas legais que têm acontecido.
Está claro que não tenho do que reclamar e reclamo mesmo assim. Porque minha natureza é imbecil, porque a Natureza é imbecil, porque nosso campo de ação é mesmo mais limitado, porque só desejamos aquilo que não temos.
E o taxista me deseja 'saúde e paz', que é algo que meu pai sempre diz. E em casa ela sorri calma e pergunta coisas boas de se responder.
E o mundo corre e o ET dentro de mim me perturba.
E continua aquela insatisfação sem sentido.
Etc, etc.
26 de junho de 2008
Merda Velha.
Não há princesas nem virgens.
Algum tédio e a repetição de si mesmo.
Um cara durão com cara de bolacha não é convincente.
Uma bunda bonita que ri de você quando a tara.
-
Algum tédio e a repetição de si mesmo.
Um cara durão com cara de bolacha não é convincente.
Uma bunda bonita que ri de você quando a tara.
-
Apenas o desvio de 1/2 quadra pode ser uma gentileza. E gentileza nem é bom caráter, é apenas educação antiga e maníaca. As delicadezas de um vampiro que chupa sangue por obrigação. E lembro que nunca achei o sangue da menstruação nojento. E lembro que na escola me disseram, pra minha surpresa, que a coisa mais pura que saía do corpo humano era isso: sangue de menstruação e sêmem de homem. E, ainda chocado, entendi o mundo quando lembrei das outras coisas que saem do nosso corpo.
E ainda resistem alguns mistérios: 1 - toda vulgaridade é fetichismo, 2 - todo amor teme apenas a si próprio, 3 - a vulgaridade só tem sentido como jogo de cumplicidade. Sabedorias que surgem dentro dos biscoitos da sorte dos restaurantes chineses da Av. Atlântica.
E assim como o gato lambe o próprio cu por ser capaz disso, eu mantenho esse blogue. Minha língua pode ter sido mais comprida, mas agora é mais eficiente. Maneiras de se proteger de um mundo mau.
24 de junho de 2008
meu doce umbigo, eu digo:
Meu saco são duas bolas de chumbo que me puxam. Pesadas e feias. No entanto me orgulho da força que elas exercem. Demoram pra pegar no embalo, mas quando vão me levam junto e acho que sou eu mesmo o dono das minhas pernas.
Elas produzem um esperma preto e encantador, diferente de todos os espermas que as mocinhas dos filmes costumam espalhar no próprio corpo.
Nesse momento elas me estão na beira da cadeira e sinto que, a qualquer momento, elas podem rolar pro chão. E isso fará com que eu vá junto e fique lá até me recompor. Portanto me ajeito na cadeira e deixo a coluna reta. Elas, mais atrás, quase me espremem aqui. Melhor assim, pois a chance da queda diminui bastante. E nunca gostei de cair, afinal.
depois:
Levanto calmo e vou até a cozinha. O cheiro da pizza parece o mesmo cheiro da virilha dela. Coisas que não se explicam, mas satisfazem.
20 de junho de 2008
19 de junho de 2008
Pra mim: do Aramico
Para meu doce
amigo
de sujo umbigo eu
de sujo umbigo eu
digo isto:
Uma pérola só
tem valor fora da
ostra,
Antes disso é
um caroço
machucando o
marisco.
(obs: o engraçado é que faz sentido. o curioso é que ele, através disso, prova que entende tudo. o humor da coisa toda é o que vale: eu falo o que só eu falaria e ele diz o que só ele diria - e nem somos um casal... é sempre bom gostar de quem lhe discorda. a liberdade aí é mais possível, mesmo que sem trocas de roupas. não é? )
17 de junho de 2008
e tenho dito!
bem claro e direto:
gosto de gente. pode até não parecer, mas gosto. é apenas porque sou tímido em público e porque sempre acho tudo chato e falso pra cacete. dos 3 que importam os 3 não fazem questão de parecer o que não são. 1 vai lá quase sem graça e dá o seu recado, outro é ótimo mesmo sendo afetado e o 3 tem o único defeito de ser cuzão. e mais não digo, além de outras mentiras:
e agora sim eu calo:
*
gosto de gente. pode até não parecer, mas gosto. é apenas porque sou tímido em público e porque sempre acho tudo chato e falso pra cacete. dos 3 que importam os 3 não fazem questão de parecer o que não são. 1 vai lá quase sem graça e dá o seu recado, outro é ótimo mesmo sendo afetado e o 3 tem o único defeito de ser cuzão. e mais não digo, além de outras mentiras:
- - a mocinha me olha com ternura, mas é devassa. seu único tesão é saber que estou bem acompanhado.
- - sem problemas e vamos que vamos. eu desconfio de você assim como você desconfia de mim. minha arrogância é não trocar de figurino. somos merda do mesmo cu sujo, meu querido.
- - meu benzinho nega, mas adora essa porra toda. tá mais implicante por influência assim como estou mais elegante pra a impressionar. o bom é saber disso e crer que meu benzinho sabe disso também.
- - meu amigo querido: sou curitibano mesmo. mas o que você não diz é que há todo um desejo de, de fato, não participar dessas coisas que só dizem respeito à quem se leva à sério. e isso de não se levar à sério é toda a minha ambição que você já escutou em bares mais sujos e aconchegantes. merda do mesmo cu sujo, embora possa não aparentar.
- - aleatório: vou, desde hoje, lhe negar os cigarros que tenho e que não me fariam falta. é que você sempre pergunta como estou antes de me pedir algo tão honesto como um cigarro.
- - minha solidão me comove e ganha novo valor, pois agora é exceção. cago com um gosto tremendo porque deixo a porta aberta e faço todos os sons verdadeiros que solto. o som está alto e todas as luzes e aparelhos ligados. a liberdade tem sempre mais valor depois da prisão. meu velho discurso cristão, afinal.
- - com seu cabelo de fogo você chega mais longe do que imaginaria. sua graça é ser legal e não ser agradável. saia da casquinha e exagere no desejo-de-falta-de-pudor. sua potência me agrada e vou com sua cara de maneira gratuita. quem precisa de aprovação é calouro e isso, definitivamente, não é o seu caso.
- - tenho vontade de conversar com você porque você pensa. mas desisto porque sua esquisitice é quase um tipo e isso nem me agrada. seu tipo seria melhor se você fosse apenas o que é: uma solitária que faz piadinha da própria desgraça. você deveria fazer piada do seu próprio desejo de ser engraçada.
- - o duro é ter que concordar com um idiota que tem mais de 25 e usa boné: cerveja com gorgonzola é mesmo imbatível.
- - penso na possibilidade de ser gay olhando uma bicha muito bonita que me impressiona, mas desisto quando lembro que ele tem pau.2 paus é meu tabu, eu concluo. um homem que tivesse cortado o próprio pau eu olharia com mais carinho, ainda que sempre desconfie de quem se mutila por conta própria.
- - táxi é solução pra se sentir livre. 6 reais ao invés de 2,10. quase dentro de casa eu me lembro: há sempre aquele discurso bonito de quem se comove com as dificuldades da vida.
- - e concluindo: quero morar na mesma casa que meu benzinho, mas preciso ter dinheiro para ter uma casa grande o suficiente pra exercer minha solidão mesmo sabendo que dormirei sempre ao lado dela. é complicado, mas resolvi: dinheiro pra viver e dinheiro pra seguir.
e agora sim eu calo:
*
me sinto ótimo, afinal.
quase chato, afinal.
13 de junho de 2008
11 de junho de 2008
7 de junho de 2008
Doce gêmea.
As pequenas diferenças
entre mim e ela
no amor:
Eu gosto de butecos
e fedor.
Ela gosta de vernissages
e glamour.
5 de junho de 2008
***
Cada vez mais doce e dedicada
ela me frita bifes as duas da tarde.
Purê de Batata e Vagem com Manteiga.
Nada do que eu comeria
se ela não estivesse aqui.
Eu agradeço a comida e ela
diz que gosta de me alimentar.
Beijinhos na boca e bom apetite.
4 de junho de 2008
realatinho: a vizinha quando passa...
A vizinha mais simpática que o hábito. Estranho, bem estranho. Ela sempre com cara de má. Daí que a encontro no elevador de baixo e ela tá com um sorriso imenso e diz quanto tempo. E eu digo pois é. E ela tá com uma amiga que nunca havia visto, mas que tem uma cara tão amável quanto a dela. Penso em amantes lésbicas e logo desisto. Não por nada, mas porque isso nunca explicou simpatia. Não pra mim, pelo menos. O nosso papo continua.
- Tá sumido.
- Tô nada. Eu sempre te ouço cantando.
- ( riso sem graça, quase uma garotinha) Ai, ai, desculpas...
- Nada. Fica tranqüila. Nem me incomoda.
- Que bom, que bom ( ela diz enfiando a cara na porta do elevador, o que é uma grande ousadia pra nossa 'relação') .
Subo desconfiado e sou recebido com surpresa e susto. Maravilha. Abro uma cervejinha e cago num único movimento: lento, progressivo e eficaz. Dou uma tragada e concluo:
A Vizinha tinha bebido.
1 de junho de 2008
A. F. D. C.
Um novo projeto, uma nova punheta. Compro um livro novo pra começar. Um livro da pesada, desses que tem que se ler quando se pretende ser artista. Ao mesmo tempo que me sinto estúpido vejo que não há saída: querer - se artista é mesmo um tipo de pretensão. E é por essas que me seguro e sento minha bunda pra ler um livro cascudo. Leio como quem suga uma alma: lento e sem euforia. Deixo as frases e ideias irem me tomando. Resisto pra não me levar à sério de maneira precipitada. Nada de definir possíveis cenas, nada de criar uma trajetória dramática possível. E li o Sr. Gzinho que fala muito sobre a tentação. E ouço o que ele diz e faço com que a tentação aumente com a minha resistência. É um tipo de prazer frio que eu sinto, um prazer que vem do cérebro forjar as próprias sensações. Não sei se sei explicar, enfim.
E claro que faço isso tudo com um copo cheio do lado. Porque esse copo me ajuda a ser frio e pretensioso e também me ajuda a não me sentir um idiota por querer ser um gênio. Sim, sim, sim, eu também quero ser gênio. E, sim sim sim, se penso nisso me sinto idiota.
E conforme o copo esvazia vou ficando mais condescendente com as minhas ânsias idealistas. E confesso: é melhor ser mais condescendente consigo próprio, ainda que na louca pretensão da genialidade.
E leio que leio. E fumo que fumo. E bebo que bebo. As coisas borbulhando e a crença de que ainda é possível. Mais uma gota contra o tédio, mais um brinde pro copo vazio. Numa noite chuvosa de domingo as minhas possibilidades são as mesmas e ainda acontecem no mesmo lugar: em baixo do meu abajur.
30 de maio de 2008
Paulo Fernandinho Coelho.
Essa vida triste e bonita. O lance é segurar a ansiedade. Os momentos fantásticos vêm só de vez em quando. Nada de tão extraordinário e, no entanto, a gente vai que vai e segue que segue. Tem dias que é bem bom acordar de manhã: ela mais carinhosa que de hábito, mais beijoqueira. Uma delicadeza de pernas entrelaçadas que é difícil de explicar. Então você começa o dia entendendo que você tem que ter calma mesmo. Que as coisas acontecem mesmo que você não note. Que a vida não é aquilo que você esperava que ela fosse. Que a vida já vem acontecendo a mais tempo do que você imagina.
E tá tudo muito bem, embora nem sempre ocorra milagres.
29 de maio de 2008
toda vez que acordo tarde.
raiva súbita e desnecessária.
vontade de morder o próprio dedo,
de bater na mãe,
de passar álcool no pau.
mas
daqui a pouco volta o paraíso
e os milhares de anjinhos pelados
com seus pintinhos sem pentelhos.
vontade de morder o próprio dedo,
de bater na mãe,
de passar álcool no pau.
mas
daqui a pouco volta o paraíso
e os milhares de anjinhos pelados
com seus pintinhos sem pentelhos.
28 de maio de 2008
26 de maio de 2008

Esse chiclete de merda na minha barba. Nem sei o que faço. Descobri ele agora, mas já deve estar grudado a mais tempo. Sabor tutifrutti o desgraçado. E tá de tal maneira que passo a língua e sinto seu gostinho. O desgraçado mantém o açúcar apesar de tudo.
Melhor é nem fazer nada. Deixo ele lá grudado que ninguém sabe mesmo. Se não lambo ele hoje eu lambo amanhã.
21 de maio de 2008
*
Daqui donde eu vejo, eu digo: sou chato, sou chatérrimo. Quase qualquer merda pode me incomodar. E sei que é merda, mas me debato com isso. Não gosto sempre de quem eu sou e nem da minha falta de tranquilidade. Acho até 'bonitinho' eu não ter aproveitado as chances de suruba que tive, mas preferia ter trepado com essa gente sem alma que já apareceu. Eu, aqui, sou uma criança, ela diz. Ou o homem caverna que, pelo menos, tem humor. Tudo muito divertido e cínico, como dever ser, afinal.
19 de maio de 2008
&
Essa bundinha até parece um sol. Olho pra ela e vou ficando quentinho. Branquinha como o quê e com 2 curvinhas em cada banda. Meu pau ficando duro por cada curvinha: 4 x duro. Meu pau duro fica feliz. Eu também, afinal. A bundinha passeia pra sair do banho, passa toalha pra secar e creminho pra ficar macia.
Anda devagar e empinada pra abrir a geladeira e beber água do gargalo. E eu só finjo que leio enquanto coço a cabeça do meu pau.
17 de maio de 2008
15 de maio de 2008
i love you.
O fato é que eu não tenho o que falar. E é por isso que eu me repito nas velhas formas. Porque aquilo sou eu ao avesso no meu estereótipo antigo e já superado por nós. Porque eu não sou meu umbigo e você também não é envenenada. E essas coisas acontecem pra que eu, que sempre falo muito e sei de tudo, fique burro e em silêncio. Porque falar disso é sempre pouco. Porque ninguém vai entender nunca e porque sempre haverá os olhos dos outros sobre nós. E eles não importam porque eles não sabem das tardes e dias e noites e berros e gemidos e beijos. Porque eu sou outro contigo. Outro que me agrada mais, mas que me obriga a assumir as fraquezas e ficar cheio de remelas nos olhos. Porque agora tem essa luz terrível lá no fim de tudo. Essa luz que dá medo porque cada vez mais e mais e mais e mais. Porque sinto saudades da minha potência aparente e do meu mundo simples e auto suficiente. Porque desprezar é simples e mentir encanta. Porque, afinal, o amor dói e aumenta o medo da morte.
14 de maio de 2008
____
Não sei se toco uma punheta com esse pau mole desgraçado.
_
A Filha da Puta não me chupa a 3 semanas. Eu pedi com toda delicadeza possível e ela disse que não era assim que essas coisas funcionavam, que tinha que vir de dentro, de ser um ato espontâneo. Blá-blá-blá. Espero apenas que essa coisa de dentro surja quando eu estiver por perto. Porque se não é bem capaz dessa espontaneidade toda me enfiar um par de chifres. Aí eu vou tá na merda de vez. Prefiro ser punheteiro do que corno. E todos meus amigos sabem que sou paranóico com essa coisa de corno. Já fiz o diabo pra descobrir um chifre e nunca descobri. E o pior é que o fato de eu nunca ter sido corno só me leva a crer que eu serei. É uma vida desgraçada essa.
E agora essa Filha da Puta deu pra regular o sexo. Fica alí com a bunda empinada e se ofende quando eu me aproximo. Diz que eu não sou romântico e que só gosto dela por causa da buceta. Como se buceta não fosse motivo suficiente. 3 semanas sem uma chupada e 16 dias sem trepar. É foda. Assim não dá. Aí é melhor voltar aos velhos hábitos, ligar pras mesmas piranhas de sempre e voltar a fazer aquele sexo sem alma que, pelo menos, eu fazia.
Mas não, eu tinha que ser um viadinho fresco. Tinha que ter essa mania de sexo com alma. Porra. Enfia a piroca e futuca pra ver se a alma sai. Nunca se sabe onde cargas d'agua a alma se esconde.
12 de maio de 2008
1-
ESSES GRITOS QUE ELA NÃO DISSE E QUE ME TORTURAM.
QUE A LOUCURA VENHA RÁPIDA E NUM ÁTIMO DE DOR E RAIVA.
NÃO QUERO O SORRISO TRISTE DA CRIANÇA QUE NÃO TEM MÃE.
NÃO QUERO O CARINHO LIMITADO DE QUEM NÃO TEVE ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO.
NINHARIA POR NINHARIA EU PREFIRO AS MINHAS.
CÉU AZUL É VISTO ATÉ POR CEGO.
ASFALTO CINZA É LÓGICA DE CAIPIRA-CULT.
-
E TODOS OS MEUS SONHOS SÃO BELOS E TRISTES,
E SÓ SÃO BELOS PORQUE SÃO TRISTES E NÃO O CONTRÁRIO.
E AS DESCULPAS QUE EU OUVI NÃO ME CONVENCERAM E
OS MEUS PAIS SÓ ME AMAM PORQUE NÃO ME CONHECEM
E AS MULHERES FRIAS QUE EU COMI ERAM APENAS PERNAS ABERTAS COM PÊLOS NO MEIO].
-
( E FICO EM CASA SONHANDO SOZINHO
E PENSO NO MUNDO E ACHO UMA MERDA
E PENSO NA IMAGINAÇÃO E ACHO UMA MERDA
E VEJO EU MESMO NO ESPELHO E ACHO UMA MERDA COM HUMOR.
"O HUMOR, OH CÉUS, O HUMOR":
A ÚNICA SALVAÇÃO DOS IDIOTAS PREPOTENTES).
-
E LÁ FORA HÁ GENTE DE TUDO QUE É TIPO
E TODOS ELES SÃO ELES E, EM NENHUM DELES, HÁ NENHUM RESQUÍCIO DE MIM
E EU OS DESPREZO POR ISSO.
PORQUE SOU PREPOTENTE,
PORQUE SOU IDIOTA,
PORQUE ESCREVO PARA SER LIDO PELA MULHER QUE TOMA BANHO NO MEU CHUVEIRO.
-
ESSES GRITOS QUE ELA NÃO DISSE E QUE ME TORTURAM.
QUE A LOUCURA VENHA RÁPIDA E NUM ÁTIMO DE DOR E RAIVA.
NÃO QUERO O SORRISO TRISTE DA CRIANÇA QUE NÃO TEM MÃE.
NÃO QUERO O CARINHO LIMITADO DE QUEM NÃO TEVE ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO.
NINHARIA POR NINHARIA EU PREFIRO AS MINHAS.
CÉU AZUL É VISTO ATÉ POR CEGO.
ASFALTO CINZA É LÓGICA DE CAIPIRA-CULT.
-
E TODOS OS MEUS SONHOS SÃO BELOS E TRISTES,
E SÓ SÃO BELOS PORQUE SÃO TRISTES E NÃO O CONTRÁRIO.
E AS DESCULPAS QUE EU OUVI NÃO ME CONVENCERAM E
OS MEUS PAIS SÓ ME AMAM PORQUE NÃO ME CONHECEM
E AS MULHERES FRIAS QUE EU COMI ERAM APENAS PERNAS ABERTAS COM PÊLOS NO MEIO].
-
( E FICO EM CASA SONHANDO SOZINHO
E PENSO NO MUNDO E ACHO UMA MERDA
E PENSO NA IMAGINAÇÃO E ACHO UMA MERDA
E VEJO EU MESMO NO ESPELHO E ACHO UMA MERDA COM HUMOR.
"O HUMOR, OH CÉUS, O HUMOR":
A ÚNICA SALVAÇÃO DOS IDIOTAS PREPOTENTES).
-
E LÁ FORA HÁ GENTE DE TUDO QUE É TIPO
E TODOS ELES SÃO ELES E, EM NENHUM DELES, HÁ NENHUM RESQUÍCIO DE MIM
E EU OS DESPREZO POR ISSO.
PORQUE SOU PREPOTENTE,
PORQUE SOU IDIOTA,
PORQUE ESCREVO PARA SER LIDO PELA MULHER QUE TOMA BANHO NO MEU CHUVEIRO.
-
( E REPARO, QUASE SEM VIDA, QUE OS MORCEGOS FAZEM UM BARULHO FINO E SEM DEFINIÇÃO E LEMBRO QUE SÃO OS ÚNICOS MAMÍFEROS QUE VOAM DAS PEGADINHAS DE ESCOLA QUE DANIFICARAM MEU CÉREBRO).
*
Minha mesquinharia gosta de boa companhia e é por isso que ando com poucas pessoas.
-
Claro que gosto de falar merda e ser admirado. Não gosto é de pedir coisas, mas gosto de exigir. Diferença mais sutil do que imagina a criança velha com quem gosto de rivalizar mentalmente.
Dane-se.
Eu me sinto muito bem, obrigado. Não peço migalhas publicamente e nem faço questão de parecer bem informado e/ou pop-com-muitos-amigos. Meu orgulho é de outro tipo: é nunca ter ido ao "Democrático", é nunca ter nadado no mar de merda de Copacabana.
11 de maio de 2008
Homenagem ao Dia das Mães.
Qualquer idiota com o mínimo de decência já pensou em comer a própria mãe. O Sr. Freud falou disso e vamos combinar que o Sr. Freud era mesmo um judeu espertinho. Ele deu o nome do outro, o Édipo, que, enfim, chegou as vias de fato com mamãe. O que não é bacana e sim sim, Sr. Fátima, é tabu no sentindo tão profundo que você queria que eu dissesse e eu não disse.
Mas o fato é que mãe é mãe e que todo o resto gira em torno disso. Uma vez, conversando com o Aramico, eu disse e ele aprovou: o único amor real é o de mãe. E ficamos os dois bebendo, lembrando de nossas mães e as coisas que elas têm e que todas as outras mulheres nunca vão ter. É mesmo uma pena. Sorte de papai, pelo menos. Ele come sua mãe e se lambuza, e ainda pode fazer isso sem culpa. Uma maravilha.
E mãe é pra vida toda. É aquela buceta sagrada pela qual passou*. Aquela que foi dona dos primeiros peitos que chupou, que o alimentou do modo mais brutal que poderia: com as excrescências do próprio corpo. Mãe é a prova que somos todos animaizinhos tristes em busca da própria autonomia.
E afirmo, com os meus 26 anos, que minha mãe é gostosinha pacas. Ela tem 53 e uns peitinhos que resistem ao tempo. A bundinha também, sem marcas aparentes e empinada na medida do possível. Mamãe é um espetáculo e papai continua se dando bem.
Mas o que importa é que quero ter filhos e que, um dia, serei eu à comer a mãe deles. Uma maravilha: até imagino a inveja que eles terão de mim.
* E realmente me sinto muito frustrado por não ter nascido de parto natural.
10 de maio de 2008
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De manhã tem essa tristeza louca e quase bonita. Uma dorzinha que você lida com certa indiferença porque sabe que passa. Todos gritos da noite e todos os pesadelos de humilhação e desprezo. O mesmo medo de sempre: medo da morte que é o medo do fim, medo do mundo que existe independente de nós mesmos.
É claro que tem que ser assim. É grande e é terrível e é assim. Não é simples e nunca será. Não pra mim que invento manias de grandeza e faço de conta que a vida pode ser mais do que é.
Sou bem infantil, afinal.
9 de maio de 2008
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Durmo demais e fico num puta mau humor. Todo café é pouco e a rotina é parecida.
Vejo os blogues de sempre e outros de estranhos. Comprovo minha matemática que sempre me protege: um péla-saco se afirma na repetição.
Gente demais por todos os cantos. Desesperos parecidos e antigos. Toda opinião é uma vaidade mal disfarçada.
Um friozinho bom e uma mulher do meu lado. Não tenho do que reclamar, mas reclamo assim mesmo .
( E lembro que um chato é um chato e sorrio sozinho me sentindo muito bem, obrigado).
7 de maio de 2008
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A técnica dessa piranha é óbvia e previsível: ou me trata muito bem ou me trata muito mal. Alterna de um pra outro sem transição. Tenta me confundir com excessos. Nos momentos em que está inspirada ela aperta seus olhinhos miúdos e faz um tipo de chiado com a boca. Eu aproximo meu ouvido e ela solta uma gargalhada louca. Depois vira de costas e sai fazendo barulho com as botas do exercito que herdou sei lá de que morto.
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Sem nenhum saco pra nada. Bla-bla-blá demais. Velho demais. Repetido e gasto demais. Já me basta a gorda com cheiro de morango que sentou do meu lado na peça mais estúpida dos últimos anos. Prefiro eu mesmo como sempre. Não quero ouvir o que já foi dito. Não quero saber das mesmas merdas que todos fazem pra se sentir vivo e confortável. Eu sou isso, eu sou aquilo. Uma legião de idiotas e eu no meio deles: falando sobre mim como se eu soubesse algo de oculto.
Não sou modelo de mim mesmo. Não sou grato por nenhuma das minhas trapalhadas. Minhas invenções sem alma eu asfixio rapidamente. Minha vaidade ainda me salva por excessos.
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