29 de março de 2012

Café da cafeteira.

Impressiona-me o silêncio, a indiferença.
(E hoje sonhei com uma rejeição que me doeria de sobremaneira)
Mas estou falando de outra coisa, de outras gentes. Tem a ver com a ausência de sonhos e com o desejo de controlar tudo.
Penso nos cachorros que dependem de alguém  para pegar a bola e lançar para que possam, enfim, se divertir buscando bolas. E tem os cachorros sem donos, e tem ainda os cachorros que pegam a bola e deixam próximas à mão do dono.
E há ainda os pardais voando naquele raio de 1 km que, por algum mistério, jamais é transposto.
Impressiona-me o 'precisando é só chamar' e o 'estamos aí', as galinhas que cacarejam satisfeitas por porem seus ovos.

28 de março de 2012

má1eme10

  1. Pra ter tesão e dizer até logo, eu sei também, meu bem, meu bayb, meu nêne, meu tico-tico.
  2. Quero isso e aquilo. Quero o mundo todo. Quero tudo, quero muito. Querer, eu li, é repetir a merda velha e gasta de quando eramos crianças e o choro fazia com que peitos surgissem para nossa satisfação.
  3. Ter nariz é simples, basta ter nascido. O lance, nêném, é o nariz que te alcança o ânus.
  4. Nunca mais aulas de redação. Nunca livros publicados. Nunca outra guria deslumbrante fazendo promessas e contando mentiras depois de te ler.
  5. Ficar com o pinto pequeno por causa do frio. Elas não entendem. Elas nunca entenderão. Pinto, queridas, não é uma matemática de soma ou subtração.
  6. As sinceridades do carinho são mais importantes para quem fez o carinho do que para quem os recebeu. Você sabe, né?
  7. A elegância é uma paisagem. Quero dizer: se a paisagem não for pintada por um impressionista é o quê?
  8. Mulheres que se impressionam quando convidadas para tomar vinho só fazem sentido no verão carioca - quando o vinho não combina com a temperatura e ser incoerente vira virtude de gente que não gosta de cerveja.
  9. Quem mudou foi Àjax, foi Édipo. E, é sempre bom lembrar, eles não mudaram porque queriam.
  10. Há quem ache tudo barato porque valoriza o prazer de comer alfajor com café. Eu não. Eu gosto mesmo é cerveja.

26 de março de 2012

Relatinho.

Trata-se de ir e vir, de estar tranquilo para ir e vir. Aquela abstração que a gente chama de 'sensação de segurança'. Tem a ver com claridade, tem a ver também, como não?, com bairro rico.
Então vou e venho. Sempre andando sempre andando. 3 kms de ida e 3 de volta e, meu deus, é claro que 3 kms a pé são mais simples do que de ônibus e mais econômicos do que de táxi.
E há prazer em andar. Sobretudo em andar a noite, quando tenho destino e objetivo - que é diferente do andar diário cuja graça é justamente a ausência de destino. (O nome disso é flanar, me explicou a Fran uns anos atrás)
Então voltou do show à pé. Show que jamais iria estivesse eu em outro lugar que não aqui: Emicida e Criolo. Bom de ver, bom de estar. Fernet meu amigo e táxi de cu é rola. Andar, neném, andar.
No meio do caminho o bar que, ao que tudo indica, será o meu bar. É razoavelmente perto (1km, acho) e tem um preço decente. Não é muito turístico e nem super-popular, o que é ótimo.
Dois Fernets a vinte pesos cada e uma área de fumante bastante decente.
(Tinha uma brazuca semi-famosa lá e reparei em como essa gente famosa sempre se comporta como famosa. Quando peguei meu 2° Fernet ela estava com o dono e fazia questão de o chamar pelo nome. Era previsível e estereotipado: ela sempre será uma apresentadora do Multishow)
Intimidade na volta e contas que dão certo. Concluo que começo à conhecer a cidade e que me perderei menos daqui em diante, o que talvez seja uma pena.
Chaves certas pra trancas certas e, vá lá, faz apenas 2 semanas, por mais incrível que isso me pareça.

25 de março de 2012

Repare bem.

  • As crianças são, na grande média, felizes. Podemos dizer também que, de modo geral, as crianças não pensam, apenas sentem. Por isso são felizes as crianças: estão próximas do humano-animal, àquele que apenas reage, ou melhor, que sobretudo reage.
  • Conclui-se que não pensar - ou pensar pouco, sendo generoso - é o grande agente da felicidade. Quanto menos se pensa mais feliz se é. Os que sentem, os que identificam a vida com o ato de sentir, são mais propícios ao prazer - ou seja: a idéia ancestral de que felicidade é o prazer e a infelicidade é a ausência de prazer, ou desprazer.
  • Não há verdades, não há fatos. Há, e olhe lá, o 'pensar cientifico'. O 'pensar cientifico' apenas reconhece que somos guiados pelo instinto de prazer ou desprazer. Ele não define nada, não resolve nada. Ele se pretende verdadeiro e, portanto, incólume à sensações e estados de espírito. Não há julgamentos, há contestações. E sempre com um ponto de vista bem definido.
  • O 'pensar científico' tornou-se relativizado. É triste, mas é compreensível. Em última estância nunca há verdade absoluta. E isso foi o 'pensar científico' que disse, não foi o neo-hippie do séc. XXI.
  • O erro fatal, se erro há, é achar que o fato de tudo poder ser relativo, torne inexistente a defesa legítima de um ponto de vista. Em outras palavras: mesmo em erro você pode (e deve) defender um ponto de vista. Porque isso, essa coisa banal que é defender um ponto de vista, é o que te caracteriza enquanto humano. Repare, você não fala de indivíduos, fala de humanidade, de coisas da humanidade. Daquilo que é humano, demasiado humano. (Se você fala de indivíduos, claro está, você é estúpido, apenas estúpido)
  • Pessimismo ou otimismo são valores idiotas, eu li e concordei. Porque tem a ver com prazer/desprazer. E por que, vá lá, quem, em são consciência, vive por conta disso?
  • Não há perguntas e nem há respostas. Há o mundo manifesto que está errado via de regra. Rejubila-se com a dúvida ou satisfaz-se com as respostas. É o mundo manifesto e verdade há sim, como não? Você pode não buscar, não desejar buscar, mas o problema é seu. Verdades existem, mesmo que negadas, mesmo que impossíveis de se alcançar.
  • Fica o não dito. A força da individualidade diante do mundo e a tristeza da solidão. Fica o não dito: sem tempo, sem graça, sem proscratinar a idéia de sucesso. Fica isso, fica Deus e fica a necessidade cruel de contato humano. Porque somos assim, porque lemos as coisas erradas, porque o isolamento não é circunstâncial e nunca foi. Tem a ver com inaptidão, com merdas que rolam, com shit'en'roll.
  • Fazer. Andar. Andar é fazer e fazer é uma abstração. Esqueço do bigodudo e cago minhas próprias regras. Fica assim: tesão passeia/ teatro de estudantes/ tudo varia.   

21 de março de 2012

Toma-se Fernet, neném.

  • O tesãozinho passeia e a cada ônibus tenho uma nova paixão. Há vezes em que desço antes e outras que desço depois. O tesãozinho resiste como um bravo: é um helado argentino no verão carioca.
  • Fazer o que não se faz é um dos motivos de eu estar aqui. Hoje, por exemplo: balada (boliche) em boate cara e gente que não me interessa de modo geral. Danço rap e música eletrônica e concluo: maravilha, eu não sou eu, eu não preciso ser eu.
  • Fernet com coca vai durar. É bom e gosto do amargo que tenta superar o açucar da coca. Bebo 1 até 4. Devo me inteirar mais e ver com o que Fernet combina. Tipo: whiskey e cerveja ornam, já cerveja e vinho, não dá.
  • Muito gringo, gringo demais. Os gringos são fáceis porque estão aí e querem conhecer gente. Gringos não têm critério porque todos e qualquer um são um novo amigo-potencial. Minha birra quer argentinos, quer porteños. Por isso baladas (boliches) não são jogo e nunca serão. Preciso de bares e lugares comuns, onde se vai porque se gosta e não porque se quer conhecer 'gente nova'.
  • Andar é a jogada. Queria ter a pulseira-americana-próxima-moda que mede nossos passos e a distância percorrida. Não por nada, mas porque não tenho a miníma idéia. Se me disserem que andei 5 km direi sim, se me disserem que andei 15 km. direi sim também. Quero dizer: não tenho idéia do quanto ando, mas adoraria saber.
  • Tenho alguma tarefas que inventei pra mim. Amanhã é quarta e as tarefas devem começar na segunda. Tarefas... a gente realmente, e infelizmente, precisa disso. Não preciso ser fiel à mim mesmo necessariamente, eu sei. Mas a pulga me coça: fernandinho, há tarefas boas e prazerosas.
  • Não há um fim específico. Se fosse chato dizia "é um processo", "uma obra aberta". Mas me recuso e sintetizo numa frase canalha e sincera: estou aqui para PENSAR na vida. E, perdão, PENSAR na vida, REALMENTE pensar, não é pouco. É mais, muito mais, do que trabalhar 40 hrs por semana e odiar o trabalho. É coisa de sonho, de tesão, de viver uma vida que não seja apenas, eu disse APENAS, sobrevivência.   

20 de março de 2012

Relato.

Se me perguntassem o que faço, diria que ando.
Pra lá, pra cá, com ou sem direção. Ando.
Cada vez me perco menos e cada vez mais andar me parece uma grande coisa a fazer.
Andar, andar, andar.
Paro no lugar errado e, inocente, peço um frango ao limão. Que frango ao limão deveria ser um frango grelhado, mas não é. Trata-se de um frango branco, com molho de limão escuro e cheiro e aspecto de frango descongelado.
Não há muito a fazer. Reclamar do que? Pra quem? Come-se a 'ensalada', tenta-se comer o frango e paga-se os 50 pesos.
Um dia alguém explica o porquê dos argentinos gostarem tanto de frango...
Então ando novamente e paro e pego um sorvete. Que há sorvete, todos bons, em todas as esquinas. E lambo aquilo e ando e ando.
Os caminhos mais longos, os lugares mais sem sentido. Sem pontos turísticos, sem casas de escritores, sem igrejas que resistiram às revoluções.
Os pretos muito pretos que vendem coisas, os bolivianos muito bolivianos que vendem coisas, os argentinos muito argentinos dentro dos cafés.
Ando mais, confundo Córdoba com Corrientes e descubro que estou na direção certa...
Ameaça de chuva, calle Borges e reparo que sou o único ameaçado pela chuva.
Paro no praça (Cortázar, se não me engano) e leio 3 ou 4 capitúlos do meu livro sobre o teatro argentino, que afinal quero me inteirar das coisas e quiçá aprender espanhol.
A chuva não vem e vou ao mercado. Os piores tomates de toda a América estão na Argentina, eu acho.
Compro 2 ou 3 coisas, vejo produtos que não conheço e preços que provam a falácia do 'tudo barato'.
Na calle Paraguay reparo que choveu.
Ando mais um pouco e estou em casa. (Uma casa boa, pequena, mas boa, num lugar tranquilo e pop que se chama Palermo e que nada tem a ver com o real mundo de B. Aires. Mas quem realmente se importa com o mundo real de B. Aires? Ou mesmo com o mundo real de maneira geral? Eu não e muito menos agora.)
Compras na geladeira, Kiosco 24 Hrs e um tipo de paz.
Banho sem surpresas pela 1° vez e andar novamente. Agora pouco, agora menos. 1 km. 
E há vinho à 50 pesos em todas esquinas.
Bebe-se. Kiosco 24 hrs. Tudo certo.
O que fazer amanhã?
Andar.

17 de março de 2012

Armênia y Chacras.

Se perder é parte da jogada. Tenho os tênis que papai comprou e, vá lá, essa tecnologia toda beneficia horrores os pés da gente.
Juro que é à esquerda e é à direita. A rua que era transversal, na verdade, é paralela. E tá tudo certo. E ando e ando e ando.
Lembrei hoje do livro do Kerouac no qual relata suas flanadas por Paris. Lembrei que devia ter dado esse livro a Fá e que ele, sempre meio atleta meio drogado ( e nem vale usar o catolicismo fanático agora) programava caminhadas de 30 kms por dia.
Lembrei disso porque vi um Punk no ônibus com coturnos e porque, se bem me lembro, o Kerouac usava botas longas pra caminhar. Lembro que nesse livro ele falava da importância das botas.
Daí concluí que comprar um coturno parece ter sentido. Se não servir pra caminhar, terei um pisante que dura anos e anos e que, vá lá, tem estilo pacas.
Fernandinho de coturnos pelas ruas porteñas. Uma fita, uma foto, um novo fato: trocadilho em homenagem ao Aramis.
Ainda bebo meu whiskey com água, mas agora bebo também fernet.
Bebida amarga pra quem realmente gosta de beber.
Eu gosto, eu bebo.

16 de março de 2012

Tudo novo, tudo lindo.

Deus está no ceú e nos abençoa e tudo vai bem, muito bem,
bem demais.
E forço-me a lembrar: pensar na vida, decidir as coisas...
E caminho kilometros por dia e tenho uma casa nova e todas as possibilidades de tudo.
E Deus, do ceú, me pisca e diz:
- vai, gordinho safado!
E as bolhas nos meus pés sararam
e andar pra cá e pra lá é simples e prazeroso
e os narizes das argentinas só melhoram a cada dia.
+
E vejo escolas, converso com taxistas, atendentes de bares ou cafés
e descubro que, na média, na grande média,
as pessoas são boas e generosas,
seja lá o que isso for.
+
E Deus volta
e dá um sorrisinho
e diz: - até logo, neném!
E falo c' Ele
e sim, sim,
eu entendo:
tá tudo certo, bebé!

14 de março de 2012

A garota do banco.

Tão linda, tão amável, tão argentina: o nariz mostrando a direção para o sagrado inferno.
Deveria ter escrito meu nome, meu endereço, meu e-mail, meu telefone, o número do meu R.G.
Não deveria ter escrito apenas o nome dos livros e o nome do autor.
Quiçá amanhã volto lá, pego o papel, escrevo R.G, telefone, e-mail e endereço e, em grande estilo, deixo no papel uma marca de beijo de batom, que terei passado exclusivamente pra isso.

9 de março de 2012

aprendi: afeto é para os fracos.

A beleza é a indiferença e a apatia que não é minha. O registro velho, a falta de reação, a aceitação patética de que tudo siga exatamente como sempre. Então sorrio, penso nisso e naquilo, olho pras belas paisagens e me lembro: é tudo enorme.
Não há identificação real, não há sonhos compartilhados, há apenas a conveniência. Sou conveniente também e agora tenho consiência da conveniência, o que diminui a dor de antes. Que não entendia o porquê de tanta tristeza.
Estar só acontece. Estar só achando que estava acompanhado é que era o problema.

7 de março de 2012

Deus do lado de lá.


Não me importo tanto,
não me importo muito.
O que me pega
é continuar igual tá.
-
Não é alegria,
nem é milagre.
Apenas espero que,
entre fossas e barracos,
exista coragem
pra que a gente
se acuse do que é
e sempre foi.
-
Elevo minha dor
para elevar meus sonhos
e sou calculista
e não me arrependo.
-
A dor fica maior
e me sinto mais fraco.
Mas me sinto bem melhor,
mesmo que cheio de medo;
e concluo que,
com quarenta anos,
terei sofrido
mais
muito mais
do que precisava.
-
"A gente se acostuma",
meu bom amigo me disse.
E ele tem razão.
A luta é só uma:
fugir da mesmice e
aproveitar o dinheiro que se ganha
para viver com clareza
e - por que não? - com alma.
-
E penso em mim
e penso nos outros
e estamos fodidos
e vivemos mal
e ainda achamos
que, mesmo sem 13°,
viveremos com alma.
-
Mas o problema
não é viver bem
ou viver mal.
Nunca foi.
-
Preocupar-se com isso
é achar que
a cobra morde o rabo
apenas porque
assim o ditado diz.
-
Infelizmente
não há culpa
e nem há culpado.
É só o choro estúpido
pelo leite que caiu
enquanto era
tesudamente
derramado.
-
Fica-se feliz por ter o que tem,
fica-se triste por não ter o que não tem.
Não é por somas ou por vitórias
que se aguenta a vida
ou se esforça tanto para viver.
-
São coisas outras
sem nomes
sem contas
e sem somas
que fazem
com que os têm filhos
e coragem
decidam por não apenas dois.
-
São almas tristes
que vagueiam calmas
porque sabem que não há saídas.
São almas infantis
que continuam vagando
porque descobriram
que saídas nunca haveriam
e por isso,
só por isso,
insistem em vagar
. 

5 de março de 2012

morzin

Meu amorzinho passeava com sua capa vermelha. Chapeuzinho urbana cheia de liberalidades.
Falava aquelas besteiras de sempre. Banho de cachoeira, ser feliz, fazer sua parte, ter sacola retornável, etc.
Meu amorzinho era tesudão e tinhas uns peitos que pareciam milagres: grandes e pontiagudos. Eu gostava de tudo, eu concordava com tudo. Sorvete, Paquetá, cinema de shopping aos sábados e comida japa como sinônimo de saúde.
(O amor é essa coisa impressionante. Acha tudo lindo, faz tudo. Ama.)
Meu amorzinho perdeu o tesão e tive paciência. 1 mês, 2 meses e tudo normal. Sexo como vitória, TPM como tolerância e sim, sim, a eternidade está logo após o 9° mês.
Meu amorzinho se foi e nem fiquei triste. Amor demais, vida demais, liberdade demais. Meu amorzinho era lindo e era a chapeuzinho e me chamava de lobo mau.
Meu amor tão perfeito ficando fraco por amor demais, por amor errado, por amar o amor e não um pau, uma buceta, um homem, uma mulher.
Meu amor de conveniência e 1 'casalzinho' de filho. Meu amor matemática e meu amor acordo de casal.
Meu amor ladeira abaixo, atrasando a vida, facilitando a comodidade que é achar que a vida é apenas isso.

3 de março de 2012

Nunca entendi muito bem meus amigos que curtem o Luciano Huck no Facebook.

Agora tenho um espelho e uma balança na minha casa. Olho minha barriga, vejo os três números na balança e penso no tempo que passa.
Quinta Feira conversei com meu bom amigo. Uma sensação velha e confortável de não estar maluco. Porque partilhar agonias e desconfianças melhora a vida. Posso estar só, mas não estou louco.
Conforta saber que existem amigos que não querem a vida apenas como a vida é. Porque essa realidade toda faz mais mal do que bem e porque fugir do esquemão é desejar que a vida não seja essa coisa besta de sobreviver e lutar.
Sobrevivem todos. Amebas, seres uni-celulares, anfíbios, insetos, parasitas, mamíferos. Sobreviver é natural e comum. Não é mérito, não é virtude, não é o motivo da vida.
"Qualquer sombrinha me refresca", me disse ela em um dia inspirado e pensei que a frase era boa e de efeito, mas era apenas isso: uma frase boa e de efeito.

1 de março de 2012

caderninho

Quero ver as coxas de Natália e quem sabe apertar seus bicos de teta. Que das poucas mulheres que tive, apenas uma realmente gostava de pressão nos mamilos. A grande maioria roçadas, lambidas, chupadas e mordidas leves. Nada agressivo como os filmes pornôs insinuam, embora tapas e puxadas de cabelo sejam aceitos com facilidade pela mais pudica das mulheres.
Mas Natália é católica praticante e isso, a gente sabe, melhora muito o sexo. Porque existe a certeza de que o inferno existe e sexo, quando bem feito, tem essa profunda relação com o inferno. Diabos que fazem ondas pelo estômago e contrações que espetam como tridentes.