2 de novembro de 2011

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tento desvendar mistérios e nada acontece. Talvez a vida seja apenas isso, mas e daí? Quem suporta a vida assim, sendo isso, apenas isso? Não estou falando de milagres nem nada. É mais simples: se a vida é mesmo só isso, eu jogo a toalha e me dedico a atividades que não exijam alma ou sangue.
é só jogada. Uma gente distraída que tem coqueluche por arte, poesia ou coisas do tipo. Quem se importa? Sou eu no balcão. Houve uma época em que eu no balcão parecia levar à alguma coisa. Hoje o que? Um gordo que descansa a barriga e folheia um livro.
devo sumir, devo mudar, devo tirar o sitemeter do blogue. É velho, antigo e gasto. E se não sou claro é apenas porque, agora e assim, minha vontade é um caminhão ladeira abaixo. É velho, eu disse. Como a vagina mais larga que se apaixona pelo pênis mais fino e não entende porque o amor não deu certo.
tem atum aberto na geladeira e, ao que tudo indica, a energia permitirá que a TV fique ligada. Enquanto isso, ouço vozes que não são minhas e escrevo no blogue que perdeu o sentido que nunca teve. "Sonhei demais e os meus olhos arregalados ficaram viciados", diz o livro que leio enquanto finjo não procurar soluções para problemas insolúveis.
ser chato não é bom. Ser quem se é, é inevitável.
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a criança tão linda que brincava com armas de brinquedo e matava as pessoas por pura diversão. era justo, era decente e, sobretudo, era belo. daí que a criança cresceu. e a arma de brinquedo continuou. e os anos passaram e passam e passarão. ficou a criança, ficou a arma de brinquedo. a inocência não ficou. e o touro, o velho touro, foi para poço.