12 de novembro de 2009

arms.

Cara virada pro asfalto.
Até a lapa pode ser um paraíso.
Questão de pegada, de jeito de olhar, de dia bom.
Fala-se o caralho a quatro. Devem ser lentos os bons papos.
Recheios pra todas as crianças: fofocas com goiabada, verdades com sorvete e confissões com mariola.
Tudo é uma homenagem e, ao mesmo tempo, uma bobagem que deve ser compartilhada.
Lenta, bem lenta, como deve ser.
Que não eu é que não queimo rádios. Que você é que não trata lesmas com alface.
Papo reto e simples de gente que cresceu e decidiu partilhar umas coisas.
Sem forçar, sem exagerar, sem declarar amor eterno à cada novo porre.
-
Bato três palmas sonoras e calibro meu longo copo de whisky. Sei celebrar sozinho,
mas, as vezes, os amigos colaboram sem saber.
A vida tá acontecendo e o tempo passa veloz e implacável.
Uns seguem e outros somem.
O risco é o mesmo e o trágico
ainda é notar
que você não ouviu
a sua velha intuição
e que, de novo,
era ela,
e apenas ela,
que estava certa.
-
A esperança é que fiquemos mais espertos.
Acho que estou.
E ele também.