11 de maio de 2008

Homenagem ao Dia das Mães.

Qualquer idiota com o mínimo de decência já pensou em comer a própria mãe. O Sr. Freud falou disso e vamos combinar que o Sr. Freud era mesmo um judeu espertinho. Ele deu o nome do outro, o Édipo, que, enfim, chegou as vias de fato com mamãe. O que não é bacana e sim sim, Sr. Fátima, é tabu no sentindo tão profundo que você queria que eu dissesse e eu não disse.
Mas o fato é que mãe é mãe e que todo o resto gira em torno disso. Uma vez, conversando com o Aramico, eu disse e ele aprovou: o único amor real é o de mãe. E ficamos os dois bebendo, lembrando de nossas mães e as coisas que elas têm e que todas as outras mulheres nunca vão ter. É mesmo uma pena. Sorte de papai, pelo menos. Ele come sua mãe e se lambuza, e ainda pode fazer isso sem culpa. Uma maravilha.
E mãe é pra vida toda. É aquela buceta sagrada pela qual passou*. Aquela que foi dona dos primeiros peitos que chupou, que o alimentou do modo mais brutal que poderia: com as excrescências do próprio corpo. Mãe é a prova que somos todos animaizinhos tristes em busca da própria autonomia.
E afirmo, com os meus 26 anos, que minha mãe é gostosinha pacas. Ela tem 53 e uns peitinhos que resistem ao tempo. A bundinha também, sem marcas aparentes e empinada na medida do possível. Mamãe é um espetáculo e papai continua se dando bem.
Mas o que importa é que quero ter filhos e que, um dia, serei eu à comer a mãe deles. Uma maravilha: até imagino a inveja que eles terão de mim.

* E realmente me sinto muito frustrado por não ter nascido de parto natural.