14 de outubro de 2013

s.r


  1. Vale destacar as grandes dores: demorou muito, muito mesmo, para que nossa especie andasse só sobre duas pernas e fosse razoavelmente reta na coluna. 
  2. Muitos mais milhares de anos com rabo e braços longos e fortes. Ficar reto foi uma conquista de, sem exageros, milhares de anos.
  3. Repare como a dor se justifica. A dor se insinua: ela é uma mulher vulgar que, para as 'mulheres de bem', é incompreensível. A dor, nesse contexto, é um tesão.
  4. Então hoje: sustentar-se em duas pernas, comprar no mercado com cartão e voltar pra casa. O choro na estrada. 
  5. Quem entende? Dor pra caralho: voltar sobre duas pernas pra 'sua' casa. As lágrimas que só vieram ao adentrar a casa: dor conhecida: esse acordo tácito que foi feito pensando na inteligência que, vá lá, pode nos aliviar. 
  6. O refrão possível, sempre o mesmo, assim: um dia de cada vez. O refrão mais idiota de todos os tempos: o disfarçar-se.
  7. meu atélogo, meu rrrrrrrrr, meu seiláquediabos, meu amor que amor tá na moda. s.r