25 de novembro de 2010

fifiti/fifiti.

Quiçá que seja
ou não seja.
E isso faz tempo
que tempo faz,
mas nunca me acostumo.
Culpa dessa vaidade
de querer mais.

Quem sabe com raiva,
quem sabe sem jeito,
quem sabe a palavra certa
acerte e seja nunca.
Ou sempre.

Quem sabe quiçá de repente?
Que também gosto de festa
e também sinto tédio.
Que há bucetas boas
e fumos de qualidade
e as noites lentas
onde mesmo o durante
provoca saudades.

Quiçá num dia cinza,
onde uma garota estrangeira
que não fale a minha língua
diga algo que eu não entenda
para dizer que a chance
é sempre igual:
erra-se bem
ou
acerta-se mal.