7 de fevereiro de 2011

relatinho-cinemá.

Fui ver o Cisne Negro que queria ver. Diretor de O Lutador que me fazia queria ver.
Deixo logo claro que não vou falar do filme. Não sei se gostei ou não.
Mesmo com a certeza de que não se trata de um puta filme, como é O Lutador.
A história é boa porque os americanos são bons nisso. Mas nem por isso a coisa (a garota maluca que a delícia boa atriz faz) se justifica.
O melhor e o pior da América - pelo menos, no final, não há gente morta como em Sexto Sentido ou duplos como em Clube da Luta. Melhor assim.
O fato é que cometi um erro estratégico. Fui numa segunda feira às 19 hrs achando que seria calmo. Ledo engano. Cinema lotado, fila, poucos lugares pra escolher.
Ao meu lado duas velhinhas Galvão Bueno, ou seja: repetindo tudo o que a gente viu um segundo atrás, mas com comentários ninguém precisa. E a massa, afinal, age como massa: ri porque tá escrito masturbação, por exemplo.
Com isso quero dizer que bom mesmo é ver filme em cinema vazio. Mesmo egoísta, é isso. Gente quer, e precisa, se manifestar. E gente vai em grupos pro cinema de modo que há muito comentário e riso e comoção que você ouve, mas que é só compartilhado pelos que são do grupo. Um inferno.
Eu lá, exercendo minha solidão, e o mundo se manifestando com Galvoas Buenos, namorados que acham graça em uma mulher tocando siririca e outras coisas do tipo.
Seja como for, o filme tá lá. E eu queria ver e vi. E nem gostei ou desgostei. Estou morno e Deus me cuspirá.
Ainda acho a N. Portman uma beleza que só me atrai ao mostrar a buceta em Close. Ela é linda e boa atriz. Tesuda são outros quinhentos. Tesuda é mostrar a buceta ao afastar a calcinha apenas - e insisto no 'apenas' - para alimentar uma doença que precisa ser alimentada.
Então aprendi: dia de semana não é solução para o cinema. O lance é a hora: tarde de mais pra quem tem que acordar cedo ou cedo demais pra quem tem que trabalhar até às 18.
A gente aprende. É otimismo: a gente aprende. Malu de Bicicleta antes das 17:00.


(acordei com essa música na cabeça e Deus, que nem existe, sabe por que)