13 de dezembro de 2010

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Mãozinhas para o alto
e danças desconhecidas.
Viver e se divertir
como o bom bichinho que sou.

Ao mesmo tempo as conclusões estúpidas:
- não gosto de Dezembro.
- sonhar cansa.
- animais são melhores quando são capazes de lamber a própria genitália.
- saber o que importa nem sempre é solução.
- o impossível seduz pelas impossibilidade.
- envelhecer não produz sabedoria.
- viciados em analgésicos são pessoas que tentam combater a dor.

E logo mais o natal e seu amor,
o ano novo e seu otimismo,
o Carnaval e sua alegria.
Bichinho sazonal eu também sou.
Antes disso:
- o conta gotas fatal.
- as rugas adquiridas.
- a pança que cresce.
- as cartas a serem escritas.
- os sonhos somados para o ano que virá.
- as tarefas de tédio e hipocrisia.
E mais um ano que vai
e um outro que vem.
E tudo que pensamos pralá e praqui:
bichinhos competentes
criando afetos, ternuras e derrotas.
Bichinhos que se salvam.