23 de janeiro de 2010

Antes do Boa Noite.

Eu lá mais ou menos como sempre:
Mas acontece que a guria cresceu e tem peitos enormes. Me pego impressionado com isso e também com o fato de eu reparar nisso. Não era o caso. É coisa antiga, amiga de infância, quase parente e bla-blá-blá.
Isso não tá certo.
Mas pior é ela me pegar sacando seus enormes peitos.
E pior ainda é eu, em tentativa frustrada de auto repressão, gostar dela ter me pego sacando seus enormes - e por que não? - deliciosos peitos.
Meu inferno seria uma casa cheia de gurias como ela. Que cresceram e ficaram gostosas e fartas. Elas já têm pêlos em seus corpos, é o que me digo para evitar a inevitável culpa.
Outro assunto:
Deveria ser mais decisiva e menos coluna do meio. Preciso de bunda de fora. Não gosto de convencer à mim mesmo. Prefiro fêmeas que confirmam o que penso. Sem deixar que eu note, esteja claro.
No mais aquele desejo que se mistura com curiosidade e que, portanto, é apenas um desejo infantil. Desses que crianças têm: como se o único mistério estivesse naquilo que não se conhece. E cá comigo prefiro o mistério próximo e intimo, que fica sempre à um átimo de ser revelado.
Em outras palavras e simplificando a coisa: gosto apenas do que posso realmente ter. E ter o que se gosta é o milagre que uns aí chamam de amor.
Coisa que não precisa ser abastecida por novidades para que tenha sentido.
Pra sair:
Meu gosto é estranho e sobre os meus hábitos eu nem comento. Sinto quase vergonha ao ver, como só eu posso ver, minhas manias sendo executadas por mim mesmo como um doente que conhece sua cura, mas que, mesmo assim, prefere a própria doença.
Estar vivo e pensar é um coisa perigosa as vezes.
Mas prefiro assim.
Estar apenas vivo é coisa de plantas e plantas,
graças à Deus,
não me bastam.