18 de outubro de 2011

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Seu sorriso tem rugas e meu pau tem sardas.
Poderíamos considerar um destino, um milagre,
um mistério a ser desvendado... essas coisas.
Meu pau tem sardas e seu sorriso tem rugas.
Mas gente é simples: basta-nos um empate.
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Tenho os meus sonhos e faço contas. Sinto um medo terrível dos meus sonhos. Porque são bons de sonhar e porque a euforia me agrada. Sinto tesão e deliro com facilidade. Parece simples e isso - isso de parecer simples - é algo muito suspeito. Porque sonhos não são simples e porque sonhos são construídos lentamente: um dia após o outro, uma dor depois da outra, um furúnculo do qual nunca se extrai o carnegão. Sonhos: não os realizar é uma tristeza, realizá-los é um perigo.
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Em 2003 a vida era mais simples. Em 2006 também. Se tudo der certo, em 2012 a vida será ótima, mesmo sem ser simples. As continhas são boas e o impossível é apenas um detalhe lógico que não deve ser levado em consideração. Estou falando de radicalidades, por mais discreto que eu seja.
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Há muita confusão: o fato de eu escrever um blogue não faz de mim um escritor.
Há muito confusão: o fato de ter livros publicados não faz de mim um bom blogueiro.
Há muita confusão: um bom blogueiro não é necessariamente um bom escritor. E vice-versa.
Há muita confusão: um autor publicado não é um bom escritor.
Há muita confusão: um bom escritor não é necessariamente um artista.
Há muita confusão: um artista não faz bem tudo que ele faz.
Há muita confusão: fazer tudo não é ser eclético, é ser bundão.
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Controlar a ejaculação é simples. Requer alguma técnica e um bocado de punheta. O lance é, e continua sendo, o pau duro e a buceta úmida. E, veja, nem estou falando, dos encaixes perfeitos que podem rolar, mesmo sendo mais comuns em amor e coisas do tipo. Quero dizer: depende-se do mínimo (nem tão mínimo assim) que é uma buceta verdadeiramente úmida e um pau verdadeiramente duro. Isso porque existe muita buceta seca que satisfaz e muito meia-bomba que causa comoções. Em outras palavras: há muito erro nessas jogadas.