29 de março de 2010

ausência de título evita confusões, acho.

Não vou gritar daqui. Tenho mais elegância do que isso. Me lambo e me lambo, disse hoje numa conversa por msn. É isso. A solidão simplificada pela rede. Mais um idiota livre graças à internet. Se for metade que seja virtual. Minha dor é minha e meu amor é meu. Eu alimento minhas próprias doenças e não quero precisar de aprovações alheias.
(Que fique claro: esse blogue continua o mesmo, basta revirar meu passado e ver em como eu me repito. A repetição é minha glória. Não tenho medo de saber quem eu sou - mesmo que, muitas vezes, eu erre feio. Eu pago o preço por ser quem eu sou. E não é isso que faz eu me achar esperto. É outra coisa. E essa outra coisa eu não digo aqui. Porque também me preservo quando é conveniente. Tenho lá meus paliativos.)
Domigão berrou suas verdades no meu ouvido e me atingiu. Eu tava lá e ouvia seus gritos. Um pior do que o outro e todos contra mim.
No Coimbra, domingo é o dia da plena decadência: só gente triste e excesso de baratas. Eu tava lá também. Eu era um triste também. Mas meu gatilho tinha J. Fante e eu usava coletes à prova de balas. O Fantástico transmitia as notícias de sempre. Eu entendia, observava as reações, mas não dividia meu J. Fante. Colete à prova de balas, eu repito.
O Sam e o Dean voltaram. Eles têm que enfrentar dêmonios. Foram preparados pra isso e os enfrentam. Mesmo que muitas vezes queiram desistir, eles seguem. É a lição da América. O sonho da América: tudo é possível. Bobagem na vida real, a gente sabe. Mas quem realmente vive pela vida real? Eu não. Eu nunca. A vida real é cagar e comer. Ou vice-versa.
Agora Ray Charles na quarta repetição e o macarrão semi pronto que me espera. Vou caprichar no alho e apenas isso. Alho. A humanidade precisa do sal, mas vive pelo alho é o meu caga regra da noite.