1 de dezembro de 2009

Se pudesse eu lhe dizia uma verdade bem bonita.
Mas sabe como é: seus amigos te estragaram e agora você confunde vaia e aplauso.
A culpa não é sua, fique tranquila. Inclusive lembro de você me dizer: culpa é tão careta, comigo não que sou moderna.
E eu fiquei em silêncio e pensei: ela se acha a cima da culpa, meu deus.
Mas até aí tudo certo. Achar-se isso ou aquilo sempre acontece. O problema é o excesso de confiança na opinião dos amigos. Porque eles mentem, sabe. Não por mal e até o contrário. Mentem porque são seus amigos.
E eles elogiam você e você acredita. E aí, já viu, a velha confusão dos diabos.
Então você começa a sorrir o tempo inteiro e acha que por está sorrindo, está em paz.
Eu, que não sou seu amigo, digo: você está sorrindo porque o tédio é enorme.
Falo por mim que também ando sorrindo muito.
E hoje a lua tava bonita e, como não poderia deixar de ser, você me perguntou: - essa lua não tá um troço de tão linda?
Eu fiz que não ouvi e continuei andando. Pensei que prefiro a lua quando ela é apenas bonita, quando ninguém, além de mim mesmo, me avisa sobre a beleza da lua.