23 de dezembro de 2009

em sampa.

Amanhã é natal e haverá a parentada. Hoje em dia são umas 40 pessoas, acho. Já foi mais, mas sabe como é: brigas entre primos, alas que viram evangélicos, richas por grana e etc. É gente demais. Antes acho que éramos uns 60.
A grande vantagem é que a maioria bebe. E álcool é azeite pra festas. De forma que bebo e fico falante. Engraçado que aqui não sou tímido. Abuso do rótulo primo do teatro e tudo certo. Com as cervejinhas e esse rótulo sou o mais simpático da festa.
Pra mim o que pega é que são pessoas que me relaciono pelo vínculo de sangue. Nem sempre existem afinidades ou ideias comuns. Existe sangue e sangue basta.
E como moro longe, fica ainda mais fácil.
Seja como for amanhã é dia.
E beberei e serei falante e simpático e mexerei no cabelo das minhas tias beatas.
Ficarei impressionado quando elas, as tias beatas, lembrarem que Jesus nasceu nesse dia pra morrer e nos salvar. Então elas pedirão uma roda e daremos as mãos e haverá o Pai Nosso.
Eu ficarei de olhos abertos e repararei no rosto de cada um da roda - como que tentando desvendar as culpas secretas.
O sangue é um treco que me impressiona.