15 de outubro de 2010

de 17:30 às 18:23 - relatinho.

No meu sonho ela dançava. E também me fazia dançar. Era um tipo de valsa. Eu demorava a entender como a coisa funcionava, mas pegava o jeito e dançava também. Eu gostava de dançar. Era bom dançar com ela. Era tesudo e bom dançar com ela.
Ela usava uma saia branca. E a gente dançava essa valsinha e ela também era um tipo de cantora. Eu a acompanhava. Era meio que um show. Nós dois estávamos no centro da roda. Mas não era bem uma roda. Era mais show mesmo. Inclusive ela cantava. Acho que primeiro rolou a valsinha, depois ela cantar e só depois essa dança mais tesuda.
Nessa dança mais tesuda a coisa começou com ela cantanto. Como se ela dançasse comigo enquanto cantava. Tinha até um microfone na jogada. E lembro bem disso porque o microfone tinha fio. Depois era como se ela tivesse deixado o microfone e a gente continuasse dançando. Era uma roda, mas não era bem uma roda. A gente tinha certo destaque, meio que ficava no centro da coisa - como se fosse casamento. Poderia ser casamento, mas não tenho certeza. Lembro bem da saia branca e também de uma blusinha que era azul claro e colada no corpo. Não lembro como eu estava vestido.
Lembro que a dança ficou tesuda e que a gente enroscou nossas pernas e meio que descíamos rebolando até o chão - como tem nas danças nordestinas. E a coisa era cada vez mais tesuda e eu sentia o elástico da sua calcinha e investia por ali.
Nessa hora era como se já não tivesse tanta gente. E a gente se bolia e se bolia. E dançava esse troço que era meio nordestino.
Quando acordei queria que ela tivesse um rosto. Quero dizer, um rosto conhecido. Mas ela não tinha. Era um rosto próximo à um rosto, mas mesmo assim sem nome ou clareza. Uma pena.
Meu pau tava à meio mastro e encostei nele. Era uma pena não ter um rosto definido pra me punhetar. Seja como for, eu sou teimoso. Em outras palavras: me punhetei mesmo assim.