Minha solidão com meta é tudo que há. Estou falando de mim, como não? De mim, minhas mentiras e também do que não é o caso de alugar os amigos.
Minha solidão com meta é um edital-mira, umas apresentações ainda esse ano - à revelia de condições ideais - e ler meus livros ali, logo ali, sob o abajur de luz fria que tenho.
A vida prática, o dinheiro, o sexo e as moças generosas me afligem pouco. Talvez menos do que deveriam. Tem um amigo que quer que eu coma alguém a qualquer custo. Ele fala de saúde e coisas do tipo. Desconfio porque sou desconfiado, mas sou leal e penso 'é um bom amigo'.
Em última instância é sempre vaidade. Eu li e aprendi e dei razão. Nisso incluo os livros sob o abajur, a auto suficiência, as desconfianças e o bom amigo.
Muita confusão. Deve ser culpa da internet, do facebook. Do botão compartilhar - nome semi-bíblico, né? Então consumo os índios fudidos, os idiotas pró-índios-via-de-regra e lembro que essa coisa de tradição é um perigo: para os índios, para os idiotas e, como não?, para mim mesmo. Repetir-se é conforto. Sempre e sempre. As razões disso variam e não importam tanto. Quero dizer: ainda me impressiono com a exceções.
25 de outubro de 2012
23 de outubro de 2012
preparar a alma e inventar os pequenos milagres. lembrar que é um dia depois do outro e fazer de conta que isso é uma novidade. passear pelo belo rio de janeiro e, quem sabe, ir ao cinema na sessão das 17:oo. Há muita paz em um cinema na sessão das 17:oo. pegar dinheiro, fazer telefonemas e cumprir as pequenas tarefas. se a dor vir, inventar um método para torná-la útil. lembrar que apenas ação existe, que só depois de sua consequência podemos ver se foi boa ou ruim. que intenção é inversão, uma vez que ela é anterior e indiferente as causas que a ação cria. ler àquele que abre a cabeça e ter elegância de se rejubilar sem nada dizer diante de algum imbecil que faça ode ao tempo presente. como se o tempo presente existisse, como se o tempo presente fizesse sentido fora de circunstâncias muito raras, como o orgasmo, o ator em cena ou outras horas onde a técnica tempo presente pode ser útil, mesmo que jamais seja real. quem sabe, se estiver bastante inspirado, cutucar alguém no facebok.
15 de outubro de 2012
14 de outubro de 2012
O importante de ler é porque a gente se torna menos mesquinho e tacanho. E, ao mesmo tempo, a gente se torna mais esperto e cascudo; não cai na falsa profundidade que engana os imbecis. Lendo eu me torno melhor do que a média. É arrogante, eu sei. E é assim. Na mesma medida em que é real. Não vale a sabedoria instintiva. Quer dizer, vale. Mas é instintiva e, por isso, não há mérito real. A inteligência é construção. Por isso me sinto só e por isso não creio no sucesso aceito por uma maioria. Veja, estou sendo elegante. Quem acredita em inspiração e/ou liberdade jamais concordará com isso. De toda forma, me sinto bem e com raiva: ainda não me conformo quando o lugar comum mastigado é aceito como 'texto bonito'.
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