21 de setembro de 2009

ww.

Gosto daquela coisa dos filmes do Wim Wenders. Um tipo de contemplação e calma que me agradam. As grandes paisagens, os silêncios soníferos, um ou outro personagem que tenta falar sobre si sem ser muito bem sucedido.
Toda vez que vejo um filme dele tenho o impulso de anotar certas frases, mas deixo quieto. Tenho lá algum controle sobre minha doença, afinal. Acho melhor assim.
E o engraçado é que, depois, nem lembro da história. Nem mesmo do nome do filme. Mas é um treco que acho bom e que não vejo sempre. Porque sei que ali tem todo um clima que nem sempre é o caso.
Hoje foi: dia de chuva, pança radiante e branca, cama quente e cérebro vazio. Eu era o cara do filme. Eu entendia tudo que ele falava e ninguém entendia.
Um prazer egoísta e sincero. Calmo como só na solidão é possível.