16 de janeiro de 2011

A belezinha é aquela praia. E também o sono. E o domingo passando lento. Fazer o que nunca se faz pode ser um prazer.
E têm as tesudas mulatas do Rio. Cada bunda, cada peito... A pele morena e o recheio impossível. Mulatas cor de prata com minúsculos bíquines saindo da água. E meu tesão sem direção se consumindo sozinho entre um trago e outro. Mulata da bela bunda, eu te amo.
Os pés na areia... estupidez cheia de sentido e paz. Ver tudo como quem rói distraidamente uma espiga de milho.
(Que teve essa hora que me lembrei dela. Que sempre lembro dela. E que hoje, ao lembrar novamente dela, pensei que é culpa. Tenho culpa por ela. Porque a culpa ficou e ela foi. Porque acredito em culpa e não confio em ninguém que ache que culpa não existe. Que culpa é saber que se está vivo e que se age no mundo e que toda ação tem consequência. Em outras palavras: não ter culpa é nunca ter feito nada consequentemente.)
E as horas passam e de repente é noite e o lusco-fusco parece melhor do que era.
Então travo meus dentes e entro no táxi. Home sweet home. Uma punheta pra ti: mulata da boa bunda.