2 de março de 2010

Dia de misteriosa paz.

Foi assim.
E é estranho.
Você termina seu dia e está satisfeito.
Feliz até, você diria.
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Nada aconteceu. Minha vida correu lenta do jeito que sempre corre.
Tive a maravilha de acordar cedo. Eu gosto de acordar cedo. Não assim e não sempre, mas, como hoje, eu gosto: eram menos de 7 e eu acordei antes do despertador. Até tentei dormir mais, mas não consegui.
Levantei e café na fita. Café bom, desses que a gente acerta. Antes louça e tarefas domésticas. Acordar sem despertador é ótimo. Mesmo o mau humor se dispersa.
(Já reparei nisso e deveria fazer experimentos. Dormir entre 5 e 6 horas pra mim é ótimo. Se durmo mais, a preguiça é bem maior.)
Li como um cretino durante o cafézinho da Roca e me empolguei. O livro nem era tão chato assim e eu sofrendo por antecipação. O mundo é mesmo cheio de gracinhas.
Pensar coisas que não se pensa pode ser um prazer.
Depois outras tarefas e tarefinhas e um pequeno soninho de 30 min antes do almoço. Nesse soninho me esforço pra sonhar com aquilo que eu decido. Explico. É simples: fico lendo e sentindo o sono vir, daí o olho pesa, marco a hora no despertador e me concentro naquilo que quero sonhar. Quase sempre dá certo, quase sempre é ótimo. Cada boquete sonhada que nem comento.
Daí almoço e tarde. Sempre assim, sempre lento. O dia tá chuvoso e cinza e me sinto em paz. Tô em casa, tô em Curitiba, não sou dependente do sol carioca.
Várias coisas que não precisam ser ditas e mais umas outras que deixo pra lá.
Arranjo o feijão, preparo o macarrão e armo a sopa. Tá frio no Rio e isso é quase um milagre.
Cervejinha pra ver o mundo e pra escrever e banho quente.
Tudo lento e calmo como as vezes, e só as vezes, pode ser.