Conto histórias.
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E também vejo o jogo Argentina X México no bar.
Torci pro México se aproximar no placar, mas não deu certo.
Ta lá o Maradona com seu carisma de bandido.
Ta lá eu, no bar, querendo que o México empate
para que haja mais jogo.
Sou uma criança e sou um romântico.
Quero o que não tenho
e privilegio o impossível.
Ponho minhas manguinhas de fora.
Eu mesmo,
muito prazer.
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Em casa, abro arquivos e reviso sonhos.
Sou uma criança que ouve CBN
e espera o Gikovates e suas soluções.
Como se fosse simples.
Como se fosse simples e possível.
Eu mesmo, muito prazer.
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Minha diversão sou eu mesmo e os meus.
Minha velha mania de separar o joio do trigo.
Eu pago meu preço
e troco alhos por cebolas.
Eu mesmo, de novo.
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Mas há a noite com lua cheia
e os gritinhos que se empolgam.
Eu trepo por aí,
pagando mais ou menos,
eu trepo por aí.
O discurso é que
alma e sexo
não se confundem facilmente.
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Eu me sinto bem.
Mesmo mentindo,
eu me sinto bem.
Em outras palavras: eu me defendo.
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Então faço de conta
e finjo que os prazos de agora
só precisam de definição no futuro.
Eu também jogo,
mesmo quando prefiro não jogar.
É o preço que se paga.
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Eu mesmo,
muito prazer.
28 de junho de 2010
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