30 de julho de 2009

não faz mais.

É que o excesso de confete lhe estragou, meu benzinho. Você não devia ter acreditado nas mentiras que se conta por aí.
Os mentirosos são tristes e sozinhos e precisam de gente.
Então eles elogiam tudo e todos.
Benzinho, você deve lembrar que lhe avisei. Eu segurei sua cabeça com minhas mãos e disse que ela era apenas uma garotinha triste que lhe queria como amiga, que ela precisava de você porque não tinha ninguém e não porque tinha achado você especial.
Eu disse que ela era má, benzinho, mas você achou que era só implicância e disse que eu não entendia nada porque eu era arrogante e solitário.
E eu lhe disse que eu não era solitário porque eu tinha você e que você, que me tinha, me conhecia bem e sabia que minha arrogância não era de nada e que só escondia meu medo do mundo.
E você deu uma risadinha, mas logo fez questão de bancar a brava de novo e me disse coisas feias que sei que você nem pensa.
Mas deixa pra lá, benzinho, eu nem sempre tenho razão mesmo querendo isso.
É que vejo você falar da sua nova amiguinha e acho tão errado isso. Porque você dá tudo pra ela, e ela, nem por mal, só lhe suga esse sanguinho doce que eu tanto adoro e que é só meu. Porque é só meu o seu sanguinho, meu benzinho. E é assim que deve ser porque o meu sanguinho também é só seu.
E nossos sanguinhos juntos, benzinho, você sabe, são uma coisa quentinha e boa de ver.