14 de fevereiro de 2011

sobre teatro -

Não parece, mas é.
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Não me infernize.
Deixe-me mais ou menos em paz.
É mais uma reclamação, mais uma raiva, mais uma injustiça.
Que o mundo apenas roda em torno do sol enquanto dá voltas sobre si mesmo.
E imbecis recebem medalhas. E dinheiro.
E a conveniência é um treco que ganhou importância. Ser bem relacionado, se juntar aos bons nomes, participar de festas e gostar de coisas que não se entende é mais importante do que alma, amor, decência ou, no mínimo, capacidade de se comunicar.
Seja simpático, tenha um exército à sua volta e compre imovéis para empreendimentos culturais. É velho. É falso. É uma ''jogada'' que agrada aos que lhe beneficiam. Ser bem relacionado, garantir os amigos, lavar a mão que lava a sua. O equilíbrio social e a condenação à quem fuma, quem bebe, quem gosta de café e também à quem acredita em histórias.
Houvesse justiça e raios cairiam. Porque nem questiono a injustiça que julgo sofrer, mas sim os benefícios de quem, mesmo sendo chato e incompetente, consegue colher flores por ser bem relacionado. Alimenta-se defuntos com homenagens que apenas reforçam que o defunto em questão é um bom nome para se ganhar dinheiro. E dinheiro existe, e dinheiro ganha-se.
Então reclamo. E fico só. E nem quero parceiros pras minhas reclamações.
E mesmo sem acreditar em Deus imagino justiças divinas: um filho viciado em crack, por exemplo. Seria chocante para um ser humano que nem em vícios acredita. Até o arquétipo do desejo de matar o pai, ele nega.... Meu Deus! Crack ou algo que ainda será inventado.
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Pai Comerciante, Mãe Dona de Casa, Esposa que Nem Importa-se em Ser Corna E Filhos Loiros em Colégios Bilingues.
É disso que se trata, é disso que estou falando. A Morte não é um problema, mas algo à ser retardado. Viver até 100 anos é seu objetivo. E ele conseguirá. Morrerá com 101.
Alma, ele me ensinou, é coisa pra fracos.