12 de julho de 2010

sobreviver não importa.

No meio do mundo percebo que eu sou um cara doce. Isso mesmo: d-o-c-e. É claro que é estúpido isso. Se sentir doce é idiota. Mas é o que é. Me vejo no mundo e, depois de muito pensar, concluo: sou um cara doce.
Essa conclusão não quer dizer nada. Não é boa nem ruim. Conclusão morna, honesta e quase contra mim. Meu putaquepariu chora baixinho. Porque há uma bela vitalidade no ódio, porque há grande prazer na raiva e na loucura.
(e devo admitir que uma coisa não impede a outra)
Talvez esteja mais velho, talvez mais tolerante, talvez mais besta e mais conformado. Tanto faz. As coisas mudam. E as coisas mudarem é um treco bacana - mesmo que as mudanças não sejam as revoluções que secretamente desejávamos.
Mais velho, mais esperto e menos passional. E, veja, eu gosto da passionalidade, eu admiro o sangue da passionalidade. Atitudes passionais são sempre encantadoras - para o bem e para o mal.
Mas a gente tem que viver e vive. Há que se ter alguma proteção contra a merda toda. A maturidade é uma proteção - e apenas isso.
Eu sorrio e sou quase sincero. Queria que algumas pessoas vissem minhas peças e lessem meus escritos. Eu gosto da vida, mesmo não achando tudo uma maravilha. É decente isso. Eu acho.
Pela frente a nova semana e meus 3 pontos de atenção. Sou eu mesmo. Mais velho e menos passional. Algum método para aproveitar o tempo e as esperanças mais lindas que sempre alimento com enorme carinho - como, afinal, faz todo cara doce.