28 de março de 2010

Então me pego chorando por lembrar da coisa mais bonita que me aconteceu. É domingo e tomo café na minúscula xícara com tema natalino. Me deixo envolver pelo choro. Há qualquer cura no choro. O tempo infalível, terrível e perfeito. Agora vejo o que eu não via - porque agora sou mais esperto, e também mais experiente, e, por isso, só agora vejo o tamanho da preciosidade que existiu. São as gracinhas do mundo.
"Foi só quando a bola dourada caiu dentro do poço que Joãozinho viu como ela brilhava."

também

(sem pontos porque a mentira prefere ficar escondida)

eu sei eu sei muitas coisas foram ditas mas quem se importa dizer os idiotas dizem ouvir os idiotas aplaudem eu não e eu nunca eu fico aqui eu estou só como sei estar não agarro guelras de peixes pre-históricos e não uso nenhuma maquiagem eu me acho eu me sinto bem eu cago regras via internet e eu declaro amor antes do amor ser real eu gosto eu falo sobre mim e não gosto das jogadas por isso invento eu mesmo e morro e mato por invenções que brinquedo por brinquedo eu brinco e se não brinco no esquema de lá é porque quero ser dono ser dono ser dono é normal desejar ser dono é ainda mais normal sou dono de mim porque sou arrogante e livre sou de mim porque não minto e porque abro o peito sem pensar que peito aberto é risco de assassínio e é e deve ser e quero que seja participar é bonitinho mas não comove prefiro um matemático que descobre o amor à um que berra sobre o amor sem nunca ter sentido a alma e a morte que o amor envolve gente que se proclama leve e tranquila e ignora o inferno minha vaidade é essa eu não ignoro o inferno eu meto essa eu grito eu erro eu deixo a bunda de fora pra provar que bunda de fora é o milagre que quero e evito ao mesmo tempo de fora os outros as histórias e os passados fazer todos fizeram caçar pérola é o meu barato e erro e peno pelos erros mas nem e daí as crianças se impressionam com passáros mortos e não sou criança mesmo que seja capaz de chorar com morte de coisas com asas eu quero asas sim e sempre mas eu não quero asas que sejam só desespero e tristeza irrustidos é pra ser muito que seja muito é pra ser nada que caia no esquecimento minhas gotas sou eu e meu delírio sou eu não quero provar e não quero cair no convencimento meu desafio é meu e não de quem quer ser desafiado dono de si milagre de encontros e jorros de esperma velocidade e potência é bonito e solitário e solitário é só o que é e não loucura os bois as cabras e as galinhas são mortos pra o natal jesus abençoa isso e tá tudo certo só me desesperarei por o que for realmente desesperador