28 de fevereiro de 2009

osquindo.

Avante e alucinado. As vozes são as mesmas e os delírios também. Uma loucura encadeada de maneira tão coerente que só sendo falsa. Ah, minhas possibilidades mortas, ah, meu esquecimento premeditado.
Sinto prazer nisso tudo e penso: fernandinho, escrever um livro é uma punheta boa.
E vejo uma pecinha muito legal, mas que tem mais a ver com livro mesmo. Boa história e bem falada é peça boa. Mas não é o teatro do bom. Não assim como imagino nos meus delírios de grandeza.
E faço contas e crio prazos. E sou metódico e me adoro. Vai que vai, umas das vozes sussurra. E é isso assim e tudo continuou igual. Sem afeto, sem ternura, sem desafios.
Mas tenho lá minha vaidade e digo pra mim mesmo, calmo e complacente: tua dor que é tua, tua glória que é tua, encare os demônios até o fim, dance com os demônios cheio de medo, mas sem arredar pé.
E me sento pra escrever no meu bloguinho-punheta. E minha mãe passa pra lá e pra cá enquanto escrevo e mamo a última lata.
Lá fora, um causinho que vi e quero contar:

" A menina tinha mais ou menos 6 anos e deu a mão pra mãe na hora de atravessar a rua. No meio da rua a mãe para e larga a mão da menina pra falar com alguém que a chamou. A menina berra MÃE!!!! e a mãe apenas a olha e sorri balançando a cabeça. A mãe termina de falar com quem a havia chamado e estende novamente a mão pra filha. A menina pega a mão da mãe pra terminar de atravessar a rua, mas assim que chega do outro lado, larga a mão da mãe cheia de birra. A mãe sorri pra menina e balança a cabeça de novo. A menina sai pisando forte na frente e a mãe a deixa ir. A mãe segue logo atrás."