31 de janeiro de 2014

O bom do América.
Que geralmente desdiz o Sonho Americano.
True Detective é a bola da vez.
Diálogos finos de roteiristas americanos, tipo:
"- vocês seriam ótimos juntos. Sabe? Se desse uma chance... Homens não dão chance a nada. Não sei porquê.
- porque sabemos o que queremos e não nos importamos em ficar sós."
Apenas isso.
Tudo isso.


30 de janeiro de 2014

A dúvida não vale. É vaidosa e dá discurso. A dúvida se confunde com inteligencia e com profundidade. A dúvida é confortável e faz com que todas as opiniões tenham validade.
A dúvida, em 2014, é tão nociva quanto foram as certezas em 1504.
Toda dúvida que vem, vem com um secreto não. Você tem uma ideia. Você conta sua ideia pro amigo. E ele questiona sua ideia com uma dúvida que só leva em consideração o que NÃO pode dar certo. Seu amigo não duvida pelo que pode dar certo, mas pelo que pode dar errado. A dúvida arrogante que temos após vermos um filme e achar que mudando o fim poderíamos melhorar o filme todo.
*
O leite diz: poxa, me derramei todo. ó a merda.
A dúvida diz: se não fosse leite, se fosse maçã, não teria se derramado.
O leite diz: mas mesmo que quisesse, eu não poderia ser maçã...
A dúvida: por isso mesmo.
O leite: mas...
A dúvida: não, to apenas falando, pensando junto. Entende?
O leite.: acho que não entendi.
A dúvida: rá, você é engraçado. Não precisa entender.
-
Então vira post.
A merda do desejo de reconhecimento vulgar.
E apaga-se.
Que aqui sim.

28 de janeiro de 2014

Nenhum dilema. Dilema não é do que se trata.
Também não é o caso de se perguntar porque fazemos o que fazemos;
e menos ainda descobrir como viver e aguentar a vida sem tornar-se um reclamão que culpa todos.
Então eu. As dores, os luxos. A velha questão: resolve-se mesmo 80% das coisas com um bom dinheiro? É isso que, enfim, virá como solução prática? Investimento alto, risco grande e vai ou racha? Qual o limite? Resolve-se ou procrastina-se a resolução?
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A dica: isso é um blogue em 2014. Há ratos raros, porém ratos.
A tristeza: señorita g. pertence à uma época em que blogues não existem.
A loucura: é só sobre mim e sempre foi.
O que se esquece: igualdade e justiça não resolvem e nem resolveram. Igualdade é o desenho do mesmo tamanho de cubo. Justiça é o cubo mudar de tamanho e as pessoas verem de ângulos aproximados.  É pouco. Tanto um quanto o outro pressupõe unidade. E a defesa, se defesa há, é: liberdade individual para decidir seus deveres e direito, sem depender da justiça, da igualdade ou, vá lá, da fraternidade.
Fosse o caso, exaltava agora, o raciocínio do satanismo do séc. XX .
Não é o caso.
É meu blogue, é minha diversão;
e estamos em 2014
Minha discrição é ter blogue.
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Fosse eu saidinho e mais demonstrativo, diante de sua nova foto de perfil, comentava:



  • Mordia.

    • http://youtu.be/d1d1Tm2DqFo


  • Gostosa.

    • Belle Époque.
    • Tesão
    • A mão aponta. (não é mão, mas eu não lembro o nome)
    • Cavalos? Apostas? Cinemas? Milagres? 
    • Pensei em 1930.
    • Imagina braba.
    • Marilyn, Dietrich e Gzinha.
    • Quem dera ser um peixe. 

    26 de janeiro de 2014

    Era uma gente elegante, bonita. Que falava do bem de um jeito generoso. Eram artistas de modo geral e consumiam os pensamentos elevados das páginas artísticas do facebook. Eram sorridentes, na maioria brancos e tinham essa habilidade de relativizar conceitos e ver arte em quase tudo e adorar, apenas após ter visto um filme, a M. Abromovic e sua coisa de mulher bonita e interessante em 1971.
    Eles não eram bons e não eram maus; e a única coisa é que eu não os entendia e entendia ainda menos como eles conseguiam se levar tão à sério e serem tão profundos e sociáveis ao mesmo tempo.
    Eles eram jovens, iam a praia, sorriam e tiravam fotos descoladas e artísticas em dispositivos da Apple. E eles sempre seriam assim. E não teriam muitas marcas no rosto em, digamos, 2034.

       

    23 de janeiro de 2014

    señorita g.

    Serviu-me para descobrir:
    desejo me apaixonar.
    Ela: eu inventei.
    Eu: ela nem sabe.
    Queria que fosse ela
    porque gosto
    da ideia de unidade
    e porque
    seria bom
    e decente
    e simples.

    Assim:

    Eu
    descobrindo
    eu

    por
    causa
    dela
    e
    ela
    com
    eu
    alegre
    por
    ser ela.



    Ataco Espinoza e penso que diabos. Vai ser duro. Bigodon fatal é tão próximo de 2014 que não pode ser usado como comparação. Espinoza, por exemplo, do séc. XVII, nem cogita Deus não existir. Quero dizer: será impossível pra mim ler sem lembrar que ele pertence ao seu tempo - coisa que, vá lá, vale pra tudo, mas bigodon deu o toque.

    22 de janeiro de 2014

    -paixonar-

    Eu queria
    que ela entendesse
    e não abusasse
    e não exigisse muito.
    Que ela se divertisse
    e topasse
    que eu me apaixonasse
    por ela.
    E cantaria pelado,
    e faria jantas
    e peixes
    e vinhos.
    E ela lá,
    bem calma,
    porque me deu
    o que eu
    apenas eu
    desejava.

    21 de janeiro de 2014

    fracos se explicam

    cada coisinha uma postagem.
    pra ser do contra.
    porque geralmente faço listas.
    agora isso.
    feito agora e pensado agora.
    (não, não, ''agora'' não é virtude)
    Postei o último no meu facebook.
    E ficarei feliz se houver interesse dos meus amigos do facebook.
    A conclusão é claro e JURO não ter nenhum juízo de valor:
    nós, os seres humanos, somos mesquinhos,
    mesquinho pra CARALHO.

    01 - Facebook.

    Penso que não vale escolher entre a Luiza Magazine ou o Diogo Mainardi.
    Inventar que um é superior ao outro é estúpido pra caralho. Os dois podem ser gênios ou os dois podem ser imbecis. Tanto faz. Quero dizer: a ideia de um herói e de um vilão, como se fosse simples assim, é ultrapassado e pouco sagaz. Acreditar em mocinhos ou/e bandidos é o mal do facebook, dos rolezinhos, da mídia ninja e da tradicional.

    00

    É claro que eu faço as minhas coisas,
    é claro que tem dia bom
    e dia ruim.
    É claro que a vida é complicada
    e que a merda e a glória caminham lado a lado;
    e de mãos dadas.
    É claro que não se pode falar tudo
    e não se deve falar muito de nada.
    ...
    Mas, vê lá, pensa bem,
    essa sua mania de reclamar
    tem mais com prazer
    do que com queixa.


    15 de janeiro de 2014

    s.r


    Faria um livro com ela. Teria o título de namoradin. Seria simples: ela desenha, eu escrevo. 23 ou 49 páginas. Tiragem mínima para amigos e mais um tico pra duas ou três livrarias. Cem no máximo? Preço de custo e lucro direto. Coisa caseira. De casal sagaz, que é melhor junto que separado. Teria que ser lançando em seis meses no máximo. Ainda na paixão, com a generosidade da paixão.
    Seria simples como simples fossem os casais.
    -
    A merda do medo. Real, bem real. Cheio de jogadas e de todos os tipos. A ação como paradigma. Ação compreendida como algo elementar: interação com outrem que não eu.
    -
    Oportunidade perdida. Puteiro com paulista e grandão. Não dava hoje. Seria impulso e acho demasiado humano controlar impulsos. Mas na próxima sim. Com seta, como sentido, como ir ao circo e ver atrações incríveis. O espirito preparado. Como se fosse tomar uma droga de longa duração. Porque esse papo de rapidinho não faz sentido. Ir ao puteiro com hora da volta é como tomar lsd para malhar por 1 hora e meia.
    -
    Delírio de Fernandinho:
    voltar a escrever mais sistematicamente.
    Seguir sistemas inventados por si.
    Usar os métodos como um que usa camisinha.
    Usufruir dos seis meses que são meus.
    -
    Ter a mulher mais linda e inventar o amor e a paixão. E ter paixão e amar. E ser trágico e louco e não desistir. A obsessão de chegar ao fim de 2014 com um único disco no celular: fossa2014.
    -
    Não importa o tanto que você tem à fazer. Importa o que você faz. O cruel mundo de interferir no tempo e espaço. Meu otimismo: ganhar dos seis meses; e não virar um chatoreclamão.

    14 de janeiro de 2014

    vulgar

    A única pergunta com propósito: - como diabos se aguenta a vida? Um dia após o outro, esse estranho conta gotas que nos deixa triste por sabermos ter fim e, mesmo assim, esse desafio diário: como viver sem ser um imbecil que tudo reclama ou que à tudo glorifica?
    (E, por favor, não valem histórias de equilíbrio e caminhos do meio)
    Como ter a vida dos momentos inspirados e sem covardia? Como fugir da média merda do planeta? Como viver sem nhé-nhém e, mesmo assim, viver a porra toda? O ódio, o amor, as raivas, as loucuras, as ternuras? Como, sem cair na armadilha do amar TODOS, viver inteiro e sem discursos ou justificativas para a maneira que se vive?



    11 de janeiro de 2014

    Letargia pós porre e as canções que tenho ouvido nos últimos dois dias.
    -
    É sábado e gostaria de passear com uma garota bonita. O Rio de Janeiro é uma cidade deslumbrante e hoje há esse céu azul e o programa ensaio com o João Nogueira.
    -
    Tenho ouvido Benito di Paula, essas canções exageradas e cheias de dor e desespero. E ele tem aquele rosto dolorido e meio pirata. Gosto de gente marcada pelo tempo. Acho que isso explica (em parte, pelo menos) porque hoje em dia implique com o Caetano, o Chico e o Gil e suas caras lisas e calmas.
    -

    7 de janeiro de 2014

    Pensava em Deus,
    utilizava símbolos místicos,
    julgava vacas e frangos seus semelhantes
    e, por isso,
    não os comia.
    Tinha fama de fofa,
    mas eu a achava gostosa.
    (Aqueles peitos que em minha boca poderiam derreter)
    Sendo minha semelhante,
    queria mesmo era comê-lá.
    (A pele branca ficando vermelha durante um orgasmo)
    Tenho pensado em você. Muito. Fazia tempo que isso não ocorria. Isso, quero dizer, pensar em alguém dessa maneira. Tive também uns sonhos contigo. Uns sonhos confusos que dão medo, sabe? Lembrei também de algo que me encantava há 10, 12 anos atrás: o Fernando Pessoa, a citação dele sobre as cartas de amor e o ridículo. Pensei em mandar algo. Não acho que farei. Te ligo na volta, eu acho. Bjs.