4 de outubro de 2011

Pai, os cavalinhos estão presos no carrossel!

  1. Os e-mails são frios e o óbvio ulula dentro de caixas que se pretendem feitas com esmero. Meu peido pra você; e também a triste confirmação da merda velha: muita pose pra pouca carne.
  2. Melhorar a própria vida. Estou velho. Porque penso nisso, estou velho. Não que vá começar a ter aulas de ioga ou ser simpático com idiotas. Mas, como velho, penso em melhorar a própria vida e concluo: tem a ver com ignorar por completo os idiotas.
  3. Falar é fácil e escrever aqui é prazeroso. Ou seja, estou fudido, estou mal pago e nem tenho as tendências gregárias que acho belas por aí. Meu limite são dois ou três que juntam mais quatro ou seis e que, em união, fazem seu barulho com satisfação e sem tirar vantagem de ninguém. Acho que é o meu ideal mais romântico: não tirar vantagem de nada e de ninguém.
  4. Beber é contar carneirinhos. Mas quem me entende? Estou falando de textos que não escrevi para coletivos de que não participo. Não estou triste e nem estou reclamando. Mas, cá comigo, o raio é velho: estou só. E atualizo: estou só demais.
  5. Tem mamãe, tem papai, tem a irmã e as sobrinhas. É coisa de sangue. É família e é sagrado. O Corleone e o Papa sabem, mas há imbecis que rejeitam qualquer vínculo que não seja controlado. Os amigos, que a gente escolhe, são super-valorizados por essa gente. Amigo, amigo mesmo, a gente torna parente. Chama pra padrinho, madrinha, esposa ou coisa que o valha. Sangue, bebê - esse vermelho lindo que você menstrua mensalmente com tanta indiferença.
  6. Fiz piadinha com um colega que tem filho e que me perguntou quando eu teria filhos. Eu: - a merda é achar uma mulher que presta. Ele: - arranja uma mulher que quer ser mãe que já tá de bom tamanho. "Gênio", eu pensei e não disse.
  7. Acordar às 7:00, fazer exercício e comer maçã. Planos que faço e realizo. Às vezes. Fumar menos também é importante. No mercado compro seis energéticos genéricos e penso que isso não é lá muito saudável. Mas fazer o quê? Cocaína é pior e, de um tempo pra cá, nem quero saber porque associo a lares destruídos e idiotas vitimizados. Fazer o quê? Guaraná em pó é pra gringos e não há estômago que aguente impunemente aquele líquido preto e quente o dia inteiro. Fazer o quê? Overdose de maçãs ou pedir remédios para o primo da farmácia?... Mas o primo mora longe e remédios de farmácia são alcalóides legalizados... Fica o sono, o soninho, essa coisa de dormir e achar bom: o tempo voa e dormir é só outro jeito estúpido de matar o tempo. Fazer o quê? Despertador regulado e a esperança que as maçãs, combinadas com os energéticos, sejam a solução dos meus problemas.