21 de maio de 2009

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Aquele papo reto e alguma luz no fim do túnel.
Bebo uma cervejinha com meu bom amigo e fico ali, olhando pro lado e reparando na quantidade de gente que passa:
Nerds neo hippies, crianças desengonçadas, bêbados burros, bundinhas claras e escuras, mendigos charmosos, adolescentes modernos, senhoras com gatos em coleiras, etc.
Eu estou no circo, mas agora, e só agora, me sinto um espectador privilegiado. É um mistério, mas tem dias que a gente se sente ótimo e dá bom noite pra todos que passam. Um mistério, eu repito.
E as horas passam rápido e o papo é bom e as visões do inferno nem me afligem.
Volto pra casa meio manco e converso horas com o porteiro.
Antes de dormir ligo o rádio e ouço as noticias. Durmo com a voz do locutor que anuncia alguma desgraça, mas que nem chega a me abalar.
Apenas lembro do Kléber e sua morte sem sentido.