10 de junho de 2009

Excitamento de cadáveres.






Uma bicha lambe o cu da outra. Não é bonito ou excitante. Mas há uma ternura no ato. Não se trata de enfiar a língua cu adentro, mas sim de lamber, com calma e afeto, as bordas do cu que se oferece para ser lambido.
Lambe-se o cu um do outro. Um troca troca, um ‘primo de bundinha’, uma verdade com prazo de validade. É uma grande loucura tudo isso. E segurar os demônios pelos chifres ainda é uma espécie de dança.
Imbecis não erram, imbecis não se arrependem, imbecis quando erram super valorizam o erro, imbecis berram aos 4 cantos do mundo: - faria tudo da mesma forma!
Imbecis são imbecis.
A roda gigante tem uma fila imensa: 40 min. na fila para 5 min. de giro e diversão. Imbecis preferem a fila, esquecem que estão nela pela roda gigante. Confundem o giro e a diversão com esperar na fila.
A loucura é que essa confusão é real, profunda e concreta. Lembro de uma ótima professora que disse: “quem super valoriza o processo não sabe onde quer chegar”.
Lamber cu é bom, ter o cu lambido é melhor ainda. Mas nada se compara à um pau duro dentro das carnes. É por esse inferno que lambemos os cus.
A roda gigante existe sem a fila.

Mesmo o parque de diversões existe.
Eles estarão lá, com ou sem filas.