1 de maio de 2010

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Meu delírio é uma buceta de ouro.
A única mulher
e as promessas de sol que ela traz.
A mulher e sua buceta de ouro,
a cura e meu delírio.
Apenas um porre.
Em noites frias ela me convida pra beber cachaça,
em dias longos ela me faz cafuné.
A mulher de ouro,
a buceta de diamante
e meu desejo de fazer uma mulher ser a única mulher.
Sem bundinhas pra ver na beira da praia,
sem jovens iogues e suas posições tântricas
sem adolescentes e peitos que levitam.
A mulher buceta-berço-e-caixão,
mulher dessas antigas
que não precisam provar que vivem no séc. XXI.
Mulher linda e calma.
Minha e só minha
a fazer promessinhas apenas pra me agradar.
Sem dizer não,
sem negar,
sem ter medo de me enganar.
“Mentirinha do bem”, ela diz.
Os dedinhos crispados dizendo
que eu deveria beber menos,
fumar menos,
sofrer menos.
Mulher buceta de ouro e diamante
minha só minha
porque eu a inventei
e ela acreditou.
(25042010)