29 de setembro de 2009

a boa e velha coerência interna.


É disso que se trata.


Ela surge e está triste e confusa. O danado do diabo já tinha um chifre, mas como o diabo é da pesada, aparece com um segundo chifre.
A merda fede e reconhecer isso é o que chamo de maturidade. E sim, e como não, e ufa, e finalmente, ela está madura. Porque nem há opção. O absoluto tá cagando pro dia à dia, pro certo e errado, pras felicidades bestas que programamos quando estamos apaixonados.
E o diabo gosta de dancinhas e desafios. Ele tem seu charme e ele cobra caro, mas oferece uma recompensa: depois do diabo, tudo será modificado.
Maturidade é também não fingir que o diabo não está ali. Porque ele está e merece ser visto. Ele é o diabo, ora pois: o filho pródigo, o bastardo, o galã sorridente e falso, a fruta da árvore proibida, etc.
Então, reconhecendo isso tudo, e já sabendo que a merda foi recentemente cagada e que federá até secar, ela está pronta pra segurar o dêmonio pelos chifres. E sem fazer de conta que os chifres não lhe queimarão a mão. Eles queimarão e deixarão suas marcas: profundas, eternas, sérias e cheias de vitalidade. Porque a vitalidade está aí e não naquele sonho besta e bonito que foi programado após uma noite de foda fantástica recheada de amor.
Ela está certa e não precisa ter medo do medo que virá. Será fatal, será profundo e, bem, acho que o tempo e a experiência lhe fizeram bem. Pra virar os velhinhos espertos que queremos ser, pra ter a plenitude possível e parar de reclamar por bobagens.
Concordamos que o que importa é ser dono de si e ter paz por não fugir. Segura seu rojão porque ele é seu e, quando precisar, toca a campanhia que tenho lá minhas históriaszinhas.

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Trata-se apenas de andar de mãos dadas com uma garota bonita e tímida em dias de chuva.
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Perdi
a
mão,
mas
enfiei
o
dedinho.