1 de abril de 2011

blopunheta



  • a falta de solução. os sorrisos que eram bonitos e tristes. a guria que me faz sonhar e prova que nem larguei o osso como gostaria.


  • as bancas de livros do metrô de botafogo. os achados à 1 real, 5 reais. o livro da Ana Cristina César que não consigo ler sem esquecer que ela se suicidou. o livro de uma suicida é um preconceito, né? e os anos 80 berrando em sua escrita: love, baby, essas coisas... um americanismo quase virginal para nossos tempos de facebook.


  • o Rio de Janeiro como problema: como deixar essa cidade? gente calma e folgada, botecos a cada meia esquina e o descompromisso que parece tão natural aqui. largar o osso é largar o Rio de Janeiro.


  • meu prédio da perspectiva do Coimbra é como um milagre. penso: por que nunca pego elevador com essas bundinhas que vejo entrando no prédio daqui? e lembro da injustiça do planeta e das gracinhas do mundo.


  • a merda do mundo, a merda do povo. o cretino que diz que o tsunami veio pra provar a força da natureza e a força de Deus. porque, ele explicou, os japas não acreditam em Deus, mas em Budas de ouro. e ele, o cretino, acha que Deus é mais cretino do que ele. à ponto de promover tsunamis para quem Nele não acredita. e ele dizia aos berros: alguém aqui conhece um japa que acredita em Deus? e ficava radiante diante da negativa generalizada.


  • pizzas com broa é a mania da vez. deveria chamar de brusquetas, mas não tenho estilo ou saco. pizza de pão, minha mãe falava. minha mãe sabe das coisas. e não chamar pizza de pão de brusquetas prova isso.