9 de setembro de 2010

essa euforia é todo um tesãozinho.

Ter paz na tarde chuvosa do Rio de Janeiro e ver que o cinza do dia nem é nada tão sério.
Porque tem essa gente que se deprime por causa do tempo e desse mal eu não sofro.
E tenho muita merda, sofrimento e revolta, mas besta eu não sou.
Que, cá comigo, acho bem patético e vaidoso essa coisa de se deprimir em feeds de facebook.
(meu limite de patético e vaidoso é meu blogue - essa coisinha aqui que até punhetinhas me rende)
Então mexo no meu pau sem foda e penso que tudo é uma grande bobagem. A euforia é uma grande bobagem. A depressão também.
No espelho do elevador reparei na minha pança. Ela é grande, branca e parece crescer. Mas o pior é: nem me importo.
Lembro do meu pai falando da diabetes que virá via gene, da ex que me queria saudável e da boa amiga que diz, quase suave: Fernando, você sabe que engordou demais nos últimos anos.
E, contra mim mesmo, reflito bêbado e falsamente profundo: melhor ter pança do que não ter alma.
Lembro de todo mundo e da última louca. Tento entender porque eu e as loucas nos aproximamos e tentamos, sempre com muita incompetência, nos envolver. E fico apavorado ao cogitar a coisa triste e óbvia: era claro que não daria certo.
E insistir no que não dá certo é a sabotagem mais clássica de toda auto-ajuda.
Agora ouço bebop e concluo que trompete é bem mais tesudo que violões, pianos e sambinhas tradicionais tocados por garotos da zona sul.
Eu já falei sobre alma nesse post, não falei?
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Mais um cigarro pra dentro e a infelicidade de imaginar que a vida longa parece ser a vida saudável.
É que preferia morrer velhobemvelho e fumante e bebendo e sem exercícios.
Mas quem sabe o que?
E o que seria da regra sem a exceção?
A cerveja é gelada, o cigarro é mais prazeroso do que imaginam os não-fumantes e meu pau, bem... meu pau ainda impressiona as adolescentes de Botafogo.