Sentia-me bem e ouvia músicas do Charlie Brown Jr.
Porque gosto dessa banda mesmo sem ter disco deles e porque ele, o Chorão, deu um bom murro na cara do Los Hermanos, que esqueci o nome agora, mas que é aquele que deflorou a menina Internet Malu Magalhães com a autorização dos pais.
Ele tinha 3o e algo e ela 16 - sei que é bobagem, mas minha moralidade católica se manifesta assim também.
(Além da verdade absoluta: esse cara dos Los Hermanos é um chato. Chato tipo perguntador maluco, tipo o que procura essências e coisas do tipo).
Então simpatizo com o Chorão e não com o chato. Porque o Chorão é feio, maloqueiro e tem um rosto digno de Bukowski, mas principalmente por ter a atitude de socar um chato.
Socar um chato... quantas vezes desejei socar um chato? Jesus, lá da cruz, abençoa minha justiça primitiva: olho por olho e dente por dente. E o fato de eu não socar chatos faz com que eu simpatize com quem soca chatos...
É que tem essa coisa que enaltece o bom mocismo apático e cuzão. "A ordem da ternura"... como explicar? Não sei... mas há uma nova ordem que berra: todo afeto é afeto. E essa nova ordem se manifesta em redes sociais e twitters variados com o papo "Bom Dia à Todos" ou "Dia Astralizado Pra Todos!"
Então ouço as músicas do Charlie Brown Jr. e concluo que, quase sempre, são músicas de amor e de otimismo. Mesmo que haja raiva, rap, palavrões e adolescentes neo-nazistas como público.
O olho roxo do Marcelo Camelo (viva o google) é uma forma primitiva de justiça.
Jesus entendia.
E Deus, quando fez o dilúvio, também.