18 de março de 2014


O inferno sou eu mesmo, meus arquivos e meus planos.

O céu também: eu mesmo, meus arquivos e meus planos.
A merda é a existência comezinha e distraída que faz eu pensar:
nos outros, nos planos dos outros, nos arquivos dos outros.



Tudo que não sou eu é distração e faz perder tempo.



Não interessa um povo forte e inteligente,
interessa, se interesse há, indivíduos fortes e inteligentes
que compõem o que chamamos de povo.
Não quero favores,
não quero favorecer,
não quero ser o povo,
não quero pensar no povo.



Tudo que fala 'povo' usa 'povo' pra explicação; e fede.



Então meu osso,
só meu,
osso que se chupa
e que sussurra quando bem soprado:
não há culpa e não existe ninguém
que se torne melhor por alguém
que é cheio de boas intenções.
Jesus morreu mal e não vale acreditar 

que sacrifícios melhoram colheitas 

no século XXI.