29 de outubro de 2009

Tenho achado muito viadinho essas coisas que tenho escrito. A merda do blogue é essa: você acaba escrevendo, mesmo achando viadinho.
Mas o blogue é meu e é a minha mão que se suja de merda quando o papel higiênico rasga. É por esse motivo que eu reclamo de mim mesmo e faço auto acusações. E também porque, confesso, reclamar é um prazer.
To relendo os artigos do N. Rodrigues e, puta que pariu, imaginar que ele escrevia aquilo em jornal. Era um mundo menos tacanho e menos bundão, eu acho. É só pensar em quem escreve nos jornais de hoje. E mesmo quando é alguém da pesada, ali, no jornal, fica tímido e nunca põe o cu na reta.
Esses caras que escreveram o fino me constrangem quando penso em escrever. Mas sou teimoso e o cu é meu.
Se eu pudesse chupar meu próprio pau, eu o faria.
Como não posso, mantenho meu blogue e atualizo meu orkut/facebook diariamente.

-

É que tem essas coisas que são as misturas todas que fazem a gente ser quem a gente é. É quase uma loucura, mas nem chega a ser. Porque loucura de verdade é pesado e dolorido. Só estúpidos podem achar a loucura uma coisa boa.
Mas volto.
Passo horas ali e tento desvendar certos mistérios. Os mistérios não são reais, são meus porque fui eu que os inventei. E mesmo assim, com consciência disso, me pego pensando "e se". "E se" é tudo e mais um pouco. Tio Stanis sabia disso. E tio Stanis era fodão.
Bem, meu sonho com P. foi de uma realidade surpreendente. No sonho fui convencido que não era sonho. Sou mesmo desconfiado, mas confiei e sofri. Era sonho mesmo, infelizmente.
Coisa bonita essas coisas que permanecem. Quase um milagre. A sobrevivência de algo após tanto tempo traz o sentido, foi minha conclusão.
E não há nada pra lastimar. Dia ruim e dia bom. Minha Russeffinha me disse da sorte que tive e concordei em silêncio, que é, enfim, a única maneira decente de concordar.
Mas queria ter objetividade e nem rolou. Acontece.
O blogue é uma punheta e fico feliz quando alguém elogia meu pau. "A curvatura perfeita", ela me disse com outras palavras.
Ela tem mais classe do que eu. Melhor assim.