17 de fevereiro de 2009

Artaud e o calçadão de Copacabana.

Toda loucura pode ser comovente, mas nem todas podem nos envolver. Sabe como é. Há muito tédio espalhado nas calçadas e mais ainda no belo e fedido calçadão de Copacabana. Se eu fosse capaz de me alegrar com o mar ou com o sol ou com o carnaval, eu não seria eu. É simples assim. E confesso que acho o mar, o sol, o Carnaval e até o calçadão fedido de Copacabana, coisas belíssimas de se ver. Então eu vejo e acho belo, mas não me envolvo. E também não faço força pra me envolver - porque aqui, cá comigo, essa força que é feita por aí, pra fazer parte, pra agradar, pra não criar caso e etc, é um tipo de força que tem mais de desespero do que de desejo.
E eu gosto mais é do desejo, do desejo e sua loucura, e mesmo do desespero que o bom desejo causa. Lembro do Artaud, aquele louco genial, falando que é impossível viver sem exasperação. E que quanto mais exacerbado, mais puro. Questão de sentir a vida. E também que só se pensa na vida quando se tem da vida uma ideia de grandeza.
Ah! Isso sim é uma beleza!
Ainda mais bela que o belo e fedido calçadão de Copacabana.

4 contra 1.

Meu caralho é doce e eu olho pra ele com admiração. É mesmo uma pena não dar pra chupar o próprio pau. Foi o Bukowski que me ensinou isso, " geralmente é por milímetros que não conseguimos chupar o próprio pau." É fato. E como fato, é triste.
Seja como for, meu pau resiste bravamente a punhetas. Um auxílio cibernético aqui ou ali, mas tudo certo.
Já superei a ferida que surge onde roça o dedo indicador.
Aprendi a me masturbar com 4 dedos.
Maravilha.