26 de fevereiro de 2010

As sacolas tavam cheias de latas de cerveja vazia.





pra atualizar o blogue misturo merda velha com merda nova. caço arquivos, vejo as lutas e cuspo pra cima.


  • nem tenho bebido tanto, mas também não tenho tirado o lixo. Minha média ideal são 6 latas. E, de preferência, escrevendo alguma coisa. De maneira que não penso, só escrevo. Uma paz que se procura, mas que nem sempre se acha. Paciência. As letrinhas, as vezes, têm vontade própria.
  • quando sinto raiva de você estou lhe demonstrando todo meu afeto. não devia explicar, mas explico. explico demais, falo demais. pra não me deixar abater eu explano a merda, remexo pra que ela feda. táticas tacanhas, ok. mas táticas ainda. porrada eu não sei levar. melhor, eu sei. qualquer idiota sabe. mas não quero. não acho bonito ou comovente a imagem do cara que se levanta do chão. ninguém sacode poeira porque quer, mas porque precisa. eu prefiro o querer. com doença ou não. querer é querer. saber o que quer é precisão. quero o cassius clay. ele sim. até toma porrada. até dá porrada. mas sempre tá com a guarda abaixada. é isso que faz dele, ele. só as pernas que mexem muito. a guarda, a guarda mesmo, está abaixada. é quase constrangedor lutar com um cara que abaixa a guarda. lutar com a guarda baixa é o que chamo de estilo. ou charme. ou alma.
  • Sua solidão mata as pessoas. E me sinto morto. Você provou que é forte. Mas eu não queria sua força, nunca quis. Eu queria justamente a outra coisa: onde eu, ou você, poderíamos ser fracos sem se sentir mal ou culpado, porque seriamos fracos em companhia divina. Companhia divina é o amor. E Chega. Nunca tem fim uma dor. Adeus. De novo. Despedidas são ruins, eu aprendi com você.
  • Hum. Bodinho vem e bodinho vai. Meu Deus. Quanta jogada e loucura. Todos cheios de idéias. Todos patinando na bela pista de gelo. O u-lalá da dançarina só excita gringos.
    Bem, a solução de ontem, hoje é menos encantadora. E então? Como faz? Mija pra frente e caga pra traz. Quando pararei de me identificar com Jesus? Quando deixarei as ovelhas em paz?
    Ah. Essa coisa de escrever é uma grande punheta. Escreve como quem faz terapia, como quem não se compromete muito. O sistema: uma pitada de amor, uma mijada fora do vazo e uma bela briga pra esquentar o relacionamento de 22 anos.
    Sem muito mais, mas, mesmo assim, cheio de desejos secretos e mesquinhos. Sim, mesquinharia grossa. Que que há? Não há porque não rir do tombo alheio, não há porque não se divertir da desgraça do outro.
    O outro é o outro e você é você. De onde tiraram essa idéia idiota de que não se deve achar melhor do que os outros? Pelo amor. Do bom Deus, claro está. Se achar melhor que todo mundo é uma auto-ajuda legítima. Assim como rir da própria merda é auto-ajuda.