18 de julho de 2010

Amor de verdade só dura 13 dias, ela disse.

Ela me disse coisas bonitas. Como: - de quatro eu dou pra idiotas, quando eu gosto de alguém, eu quero é papai e mamãe.
Ela tinha essas frases de efeito e me impressionava. Eu podia amar ela pra sempre, eu podia a achar perfeita. Ela gostava de mentir pra mim e eu gostava de acreditar nas mentiras dela. Éramos perfeitos.
No dia 2 de Julho de 2009 ela falou sobre o ex-namorado. Achei chato, mas achei normal. Em algum momento os/as ex viram assunto. É normal. Chato e normal, enfim.
De quatro, mas com muito orgulho. Me senti mal. Eu enfiava porque era esse o meu papel. O enfiador. De quatro. Poderia ter sido um milagre. Mas nem. De quatro. O espelho do quarto foi o grande privilegiado.
Outra frase bonita foi: - nunca me diga eu te amo. Deus! Quantas frases! Quantas coisas! Essas mulheres querem me impressionar! Eu me impressiono!
Era 10 de Julho ou menos. Eu queria fazer amor. Não falei pra não oprimir. Fazer amor é opressivo, havia me dito uma ex que adorava dar de quatro.
Então fui discreto, mas desejava: fazer amor, fazer amor...
Dois meses depois, ela me chamou prum café. Queria conversar. Eu topei. Era merda que viria, mas, bem, o que fazer? As merdas estão por aí e, cedo ou tarde, elas serão ditas pra você durante um café. Eu disse, não disse?
Ela: - meu ex me perturba e não estou livre pra você. Desculpe.
Eu desculpei. Ficar com raiva nem fazia sentido. Ela era apenas a garota com ótimas frase e ótimo corpo. A garota que eu poderia mil coisas, mesmo sem nada. Acontece.
Hoje - 17 Julho de 2010 - o que me impressionou foi a barriga. Imaginava quase tudo, mas fiquei surpreso com a gravidez. Ela até me agradeceu. Disse ser eu o responsável por ter despertado seu instinto maternal. Disse que isso? e ela se foi.
Agora fumo meus cigarros tentando achar sentido nas coisas. Não consigo. Não há sentido nas coisas. Ela está grávida de outro e, infelizmente, eu nem me importo. Acho uma pena eu não me importar, mas acontece. TUDO acontece. E TUDO, a gente sabe, não importa.
Nunca importou.