9 de maio de 2012

bigodon de bruços.

  • A idéia de uma verdade (ou verdades) me parece encantadora. Não sei em que momento histórico o discurso de que 'não existem verdades' ganhou força. Sei que hoje esse discurso está em mil bocas mortas que vêem na dúvida uma virtude honesta. A dúvida não é uma virtude. Ela ocorre, ela é normal. Mas não é uma virtude. E raramente é honesta. Via de regra, os que exaltam a dúvida o fazem por preguiça ou, no melhor dos casos, por incompetência.
  • A certeza é um desejo, a dúvida é um caminho. Quem caminha atoa está perdido, quem gosta de estar perdido é burro. Percorrer caminhos é bom, saber que existem vários caminhos é melhor. Decidir por 'não-decidir' não é uma opção, é um medo de optar, uma falacia que usa requintes semânticos.
  • Tem um treco que me ajudou muito. É mais ou menos assim: admiramos alguém pelo esforço que ele faz. Mas isso não quer dizer que o que 'ele' fez seja admirável.
  • De modo geral: as pessoas não querem ser melhores ou mais inteligentes. E muito menos desejam a verdade. As pessoas querem conforto e continuidade. Algo que as faça sentir bem e que as iluda para sempre. Nessas, entende-se o sucesso do P. Coelho, por exemplo. Ele ilude às pessoas com suas próprias ilusões.
  • O erro dos ecológicos é só um: achar que a Natureza é sábia. A natureza não é sábia. E a justiça natural é a mais cruel que conhecemos: olho por olho, dente por dente. A Natureza, defendida pelos ecológicos, é uma ilusão, uma abstração. A natureza, tal como é, é a lei do mais forte. Nesse sentido, os EUA é o país mais coerente de todos - e isso, vale lembrar, não é sábio ou justo.