11 de setembro de 2011

F Faz Fita.

Vou ser agradável e falar sobre estrelas, sobre luas cheias, sobre ternuras perdidas e sobre a falta de "consciência global"(sic).
Vou ser legal, vou concordar sobre o gênio do Arnaldo Antunes, as músicas da Marisa Monte e a versatilidade do Carlinhos Brown.
Serei amável, serei calmo e ela me abrirá suas pernas com um sorriso que será bonito.
E, assim, entre uma falsidade e outra, a comerei por meses e talvez anos.
E falarei do Oriente, sobre não-ser, sobre meditações e estados de ausência.
Invocarei o Osho, o Castãneda e direi o clichê de sempre: o que importa nessa vida é ser feliz.
E será mentirá.
E ninguém ligará.
E o sexo será bom.
E concordarei que o Destino é mesmo uma coisa muita forte...

De cá.

O imbecil é sorridente e já comeu uma mulher que você achou bonita, muito bonita. E o imbecil te incomoda. E está na T.V e dá dicas e aparenta ser um cara mui-i-i-to legal. O imbecil causa suspeita em você: questão de estilo, de maneira de se vestir, de pousar pra fotos com boca aberta, etc. Meu último imbecil presencial usava camisa xadrez e calça jeans apertada. Eu o olhava e pensava: ele se preparou para estar aqui e por isso é um imbecil. Ele investe em sua aparência, tem uma voz calma e faz piadas com uma desenvoltura que prova o quão fake ele é. Em última instância o imbecil é um gênio: nesse caso ele é cínico. Em última instância o imbecil é só um imbecil: trata todos de maneira igual idêntica.