19 de agosto de 2010

um tesãozinho de fim de tarde.

Meu caralho tem olhos e julga o planeta.
Julgar é julgar. Julgar não é ser justo.
Estou na roda e julgo:
por prazer, tédio, incapacidade e etcs.
Meu caralho tem olhos, eu repito.
Sou uma criança legal e bem disposta.
Não trago vermes na barriga, mas, mesmo assim, tomo minhas vacinas.
Eu me protejo, oras.
Tô no mundão e me protejo.
Justiça e decência não combinam.
Por isso eu cago regras, tipo:
- ser tratato por apelidos é fetiche cheio de recalque.
- ter pseudônimo só faz sentido em ditaduras.
- inventar uma alcunha de efeito é afetação com máscara e canalhice enrrustida.
- (e só valem os canalhas declarados, a gente sabe.)

Coço minhas pernas e pego meu táxi.
Isso. E apenas isso.
Mais o julgar prazeroso e bestial.
Eu tô no mundo, eu vejo o mundo, eu até participo do mundo.
E já que eu penso, eu julgo
o que não quer dizer que eu esteja certo.