11 de dezembro de 2010

Machismo, idiotas diriam.

O problema das bucetas são as mulheres em volta.
Não que não haja mulheres cujas bucetas nem importariam muito,
não que apenas de entra-e-sai viva uma alma.
Mas a buceta - ela apenas e sem contexto -
parece melhor do que todo o resto.
Buceta-solução
como uma caixinha
que guarda mil encantamentos.
Uns bons e outros ruins
que nem dá pra ser/ter tudo depois do jardim de infância.
Mas tem que conversar antes,
desenrolar e fazer charmes dementes
que seduzem por mais estereotipados que sejam.
(somo animais, meu amor.
precisamos de carne e de sangue e de sal.
somos "parte da natureza" como você adora dizer.
e natureza, a gente sabe, não tolera as diferenças.)
Lembro da guria que disse: - minha especialidade.
E engoliu minha porra com tanto profissionalismo
que até esqueci que eu gozava.
Depois, bem depois, pensei sobre isso:
dedicação é diferente de especialidade,
uma alma dedicada ainda causa mais espanto.
É que fui batizado e sou católico,
à mim impressiona o sacrifício e o suor.
Gosto de ter tudo que todos têm,
mas, confesso, ainda prefiro o que é só meu.
(são limites, benzinho.
eu avisei que eu era limitado.
mas você errou ao me por no pacote.
não que eu não saiba que sou parte do pacote,
mas sim que não precisava berrar isso tão alto.
sou um machista 'bichinha', lembra?
gosto de me enganar.)
Concentro-me no bom triângulo
e me esforço pra ignorar o que é dito.
Como me dou mal
sempre repito pra mim mesmo:
- sou tão fraquinho, sou tão fraquinho.