10 de dezembro de 2013

sr qs

Resistir aos outros e lembrar do bigodão fatal: há algo de errado quando o egoismo desiste de si. Sou suscetível e senti-me fraco: não havia o que falar. Poderia ter refutado lamúrias, mas isso faria com que a lamúria se tornasse minha. Não era minha, eu sabia. Mas a fraqueza mostrou sua garra cruel e tornei-me triste e conformado como costumam ser os fracos. Uma pena. Minha plenitude dos 30 ainda se perde com facilidade.
=
Durante a coisa morna pensei em dois dias atrás. A linda branquinha, a gente desconhecida. Nada perfeito, mas bem mais simples: conversar com quem não se sabe e nada se espera. Tudo lento, tudo vulgar, tudo comum. Do tipo que pergunta a idade de tão pouco que se conhece.
=
Queria dizer algo belo. Queria me apaixonar pela branquinha e ouvir (e nada responder) que a vida é boa e simples. Queria o que não tenho: essa doença dos homens que pensam e se confundem com tanta facilidade.
=
A tristeza, a dor e o suor do trabalho não são virtudes. São coisas comuns, vulgares, que ocorrem e são parte da vida. Mas tem isso de valorizar a dor e o sofrimento. Como se o tamanho do sofrimento fosse capaz de criar sentido para o sofrimento. Não tem sentido no sofrimento assim como não tem sentido na alegria. Mas o sofrimento deseja explicação, ao passo que a alegria nem lembra que deveria se explicar.
=
Relendo os últimos posts concluo o óbvio: chato como um diário sem seleção.
=
Minha resistência, minha branquinha, minha teimosia.
=
Balde de água morna: reagir é a especialidade de criticar todas as ações. Não há ação, há críticas à ação à qual reagiu. É errado. Irrita, enfraquece. E, pior, é estúpido. Não nota que nada fez além de reagir e criticar. Cuidado com os críticos das ações. Eles querem que você reaja à reação que eles tiveram diante de sua ação. Eles querem que sua ação seja reação. Eles querem ter razão para suas desgraças. Eles não deveriam te influenciar.
=