23 de fevereiro de 2013

Tesão na priminha e aquela loucura.
O tempo passa, meu bem, o tempo passa.
Estou aqui, barriga à postos, e 31 anos de dor e glória.
O exagero como o último charme infantil:
sem cartinhas, sem blogue, sem mulheres loucas querendo me dar e sem os bons amigos que me chamavam de 'seus'.
Então a internet toda, o facebook monopólio e uma estranha nostalgia da época em que blogues eram visitados e havia uma lista diária de alguns preferidos.
(Penso nas drogas de farmácia, no 'soma' do Huxley e na estranha viúva do Saramago)
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O tempo passa, coração, o tempo passa.
Você aí, meio em segredo, a ver meu blogue e pensar no marido tão bom que Deus lhe deu.
Eu aqui, uma incerteza estúpida, e a certeza de que o passado como memória é sempre uma imagem barroca.
Então el bigodon, os caga-regras frutíferos e a nova mania de colar bilhetes na parede.
(Penso que a realidade estraga o sonho, que eu te chupava melhor do que seu marido e que, entre tristes e alegres, ainda prefiro os que não se importam com isso)