13 de fevereiro de 2010

Ouvindo voodoo blues e com vontade de escrever.

Deixo a obrigação de lado e caio dentro das minhas histórinhas. Me sinto em paz, apesar de tudo. Mesmo sabendo dos prazos, me sinto em paz.
Talvez seja a cerveja, talvez seja a histórinha. Quando rendo nas histórinhas preciso de pouco, pouco mesmo. O que é ruim de maneira geral, já que essas histórinhas são apenas arquivos no meu computador e não livros e mais livros escritos.
Paciência.
Meu delírio e meu tesão é isso. Precisar de pouco, não precisar de ninguém e ficar feliz com mais 2 págs. no arquivo.
E 2 págs. no arquivo duram horas do mais tesudo sexo. É isso mesmo. Há tesão em ficar ali, escrevendo e se bolindo em si. As benditasmalditas palavrinhas na tela brilhante.
A coisa é tão tesuda que cogito escrever uma carta. Mas desisito e escrevo no meu bom e velho e blogue. Pra ganhar do tempo, acho. E ganhar do tempo nesse caso não tem nada a ver com o cumprimento dos malditos prazos.
Então tô aqui e ouço as vozes dos negros americanos. São demônios dentro da minha cabeça. Demônios que falam coisas que eu não entendo, mas que me contemplam quando sentem as dores que as mulheres provocam.
Mulheres, a dor contida em um corpo tesudo e perigoso. Diabo, tua forma é mulher. Deus me livre e etc aos mil.
A 7° lata acabou de estalar e agora só há whisky na casa. Melhor parar por aqui. Ainda não conheço bem o tempo do whisky. E conhecer bem o tempo da sua droga é o que te difere de um amador. Desses que bebem apenas pra espanar (e não espantar) o tédio.
Acordo tarde e me chapo de café.
A culpa tenta bater, mas finjo que não é comigo e tudo certo.
Cada coisa ao seu tempo.
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Cago com o meu primeiro cigarro do dia na boca. Não sem antes posicionar o ventilador pro banheiro. Os peidos, antes reprimidos, saem velozes e sonoros. A merda desliza pelo meu cu e me faz me sentir muito bem, obrigado.
Essa coisa de ter um corpo é um mistério. Os dejetos e a glória. As vezes ao mesmo tempo. Lembro de uma frase do Saramago que é mais ou menos assim: para inventar o céu e o inferno não seria necessário nada além de conhecer o corpo humano.
Puta frase, não? Eu acho.
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Hoje devo tomar uma pequena dose de mundo com meu amigo Z. Será bom e tranquilo. Conversar com homem é completamente diferente de conversar com mulher. E isso não é machismo. É apenas um fato.
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Agora ir pro arquivo
e escrever.
Não as palavrinhas que quero,
mas as que tenhoque.