3 de janeiro de 2011

faniquitos de ano novo 1

toda loucurinha amiga.


• Encontra-se pessoas e a tensão mútua é quase satisfação. Segundo minha irmã eu estava amarelo. Devia estar. Fazia sentido estar amarelo. 3 anos e uma vida. O tempo agindo. As mudanças sem volta e o constragimento inevitável. Foi tudo lindo e é tudo terrível.

• A tensão no rosto dela me acalmou. Eu conhecia aquela tensão. Já a vira antes e me era íntima. De uma forma gratuíta e estúpida, eu afirmo: entendia tudo, sabia de tudo, mesmo que visse pouco. Era como um cheiro que volta e que reconhecemos mesmo que sem decifrá-lo.

• Durante a volta, no carro cheio, entre as músicas e as brincadeiras com as crianças, sentia essa euforia sem mira que me subia e descia o estômago. Imaginava explicações, imaginava textos para o blogue que falassem sobre isso. Explicações sobre essa época (natal e ano-novo) que, inevitavelmente, nos fazem pensar em mudanças e transformações. Após o golpe de vista, da certeza do encontro improvável e à caminho do banheiro, pensei amarelo num riso bestial: - euforia sem mira explicada.