11 de novembro de 2008

sobre a liberdade.

(de 1 umbigo honesto)

A gente é dono de si. Seja lá como for, a gente é dono de si. E é a partir disso que decidimos o que quer que seja. Não dá para culpar ninguém. Não vale responsabilizar Deus, ele existindo ou não. Eu repito: a gente é dono de si.

Pode-se querer ter o que seja, mas não se pode ter tudo. Eu também acho isso chato, mas me nego a lamentar. E sinto prazer em saber que sou eu quem decide aquilo que desejo ter. Claro que nem sempre o que eu quero ter é o que eu tenho, mas isso não importa. Eu sei o que eu quero e é só pelo meu desejo que eu faço o que faço, sendo bem ou mal sucedido. Tanto faz.

Não quero ser um velho que lamenta o que não teve. Acho isso besta e sem graça, além de que tem a coisa de insatisfação ser mais piedade do que coragem. É nessas que eu prefiro coragem. Peito aberto pra pedra que você já sabe, de antemão, que pode lhe atingir.

Ainda considero as vítimas como chatas, sempre reclamando que não são compreendidas. Ainda prefiro os arrogantes que berram, solitários, que o mundo é que não presta. Saber o que não se quer é parte do próprio desejo.

E por isso me considero livre. Por não acreditar em vítimas e por me reprimir ao sentir piedade de alguém. Nada mais egóico do que dizer: - tadinho dele. Tadinho dele é o caralho! Se alguém o maltratou ou/e se a natureza lhe foi injusta não é, afinal, por culpa minha. Liberdade é não sentir culpa, alguém já disse. Liberdade é se isentar de uma culpa que não lhe pertence. Liberdade é assumir a culpa que você mesmo criou.

Liberdade é uma decisão e não um estado de espírito. Ser livre é ser dono de si e assumir suas próprias escolhas. O resto é o imponderável e o destino, coisas que não controlamos. A liberdade só é real naquilo que nós decidimos. Ser joguete do mundo é coisa de macaco ou de criança, é achar que o mundo é seu.

As crianças e os macacos vivem melhores do que os adultos e do que os humanos.
Disso ninguém duvida.
E ninguém duvida que seja humano e adulto, embora deseje o contrário.
Sim!, eu respondo na minha autoridade de blogueiro idiota: - o mundo é mesmo cheio de gracinhas.