22 de abril de 2009

#

Solto no ar e com a cabeça rodando.

Gosto das coisas lentas que evoluem, o tempo escorrendo fino e contínuo. Há um ritmo decente pra se viver. Sem euforia desnecessária ou loucura vaidosa. Apenas você mesmo se observando e sacando se é ou não é.
Hoje me preparo pra amanhã. Desde que acordei faço essas contas e coisas e me vejo fazendo esses trecos sem pensar muito.
Eu quero que a coisa escorra gradativa. Meus arroubos raramente procedem e todos esses gritos no escuro são apenas uma brincadeira de criança que a gente inventa pra se distrair, pra forjar uma vida mais intensa que nunca ocorre de fato.
A velha ladainha de que a vida é o que é, de que ela é aquilo que acontece enquanto estamos fazendo planos. O besouro mor que disse e tinha lá sua razão.
Então eu mudo de planos, telefono pra 2 ou 3 e exerço minha simpatia. Um e-mail pra um desconhecido, uma piada pra moça da fila e uma aposta na megasena acumulada. Acho que é mais por aí.