23 de setembro de 2011

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A generosidade dos omissos, a tolerância dos omissos, a turma.
Fala-se bem, mas sem alma. Há interesse na omissão. "Não fecho portas, não tenho desafetos, sou de todo mundo e todo mundo me quer bem." E em momentos exaltados: "Cara, a Marisa Monte é uma diva, diz aí."
A beleza dos idiotas que usam óculos e dizem "am" ao invés de "hum" porque pensar diante dos outros aparenta estar ouvindo os outros.
Cá comigo: pensa-se em casa. Deus! Eu penso, ele pensa, nós pensamos. É uma atividade íntima, séria e importante. Mas é privada. Não se levanta questões de bate pronto. Questões, pra usar o termo corrente, devem ser formuladas e refletidas. Não devem ser o " E se" maluco e mágico. Ai se...
Sou eu. Só eu. E falo de mim. Por isso, o blogue.
Que eu, só eu e minhas questões são minha terapia mais legítima - já que nem obrigo ninguém a ouvir minhas queixas e meus problemas. Que queixas e problemas todos têm. E eu tenho blogue.
É isso: façam blogues e não aluguem os coleguinhas.
A subjetividade é bonita, mas é incompetente. Não é um livro, é um blogue. É o que é.
Erro, nesse caso, é confundir as coisas.